O premiê italiano, Silvio Berlusconi, disse, nesta sexta-feira, que uma onda de mentiras, extremismo e ódio são responsáveis pelo incidente ocorrido ontem na basílica de São Pedro – quando uma mulher derrubou o papa Bento XVI. A informação é da agência de notícias Ansa.
Entrevistado pela emissora Tg1, Berlusconi disse que teve a mesma sensação que todos os italianos ao ver as imagens do Papa sendo derrubado no chão. O premiê disse que ficou preocupado e não acreditou no que viu.
"Penso que realmente devemos combater estas fábricas de mentira, extremismo e também de ódio", complementou Berlusconi, que disse ter transmitido ao Vaticano e a Bento XVI seu "sentimento de proximidade", também em nome do governo e do povo italiano.
O premiê descansa por recomendação médica após ter sido agredido no rosto em Milão, no dia 13. Ele foi atingido por uma miniatura de ferro da catedral da cidade atirada por Massimo Tartaglia, 42 anos, que está preso e tem problemas mentais.
Ataque
Ontem, durante a Missa do Galo, realizada na Basílica de São Pedro, em Roma, o papa Bento XVI foi atacado por Susanna Maiolo, 25 anos. Ele caiu no chão, mas levantou rápido com a ajuda dos seguranças e seguiu caminhando em direção ao altar, sem sofrer ferimentos.
Susanna foi presa e não estava armada. Segundo o Vaticano, ela tem dupla nacionalidade (italiana e suíça) e apresenta problemas mentais. Apesar do movimento brusco, ela desejava apenas se aproximar do Papa, sem más intenções. Após ser interrogada, seguiu para um hospital.
Na confusão, o cardeal francês Roger Etchegaray, 87 anos, também foi derrubado e levado para o hospital em uma cadeira de rodas. Ele sofreu uma fratura no fêmur e teve de passar por uma cirurgia, mas não corre maiores riscos, ainda segundo informações do Vaticano