O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, faz pronunciamento à nação neste domingo (13), em cadeia de rádio e TV, por volta de 20h, para, segundo ele próprio, "tranqüilizar" a população brasileira sobre o risco de epidemia de febre amarela no país.
"Não existe risco de epidemia", informará o ministro da Saúde. Temporão lembrará que, apesar da existência de 24 notificações pelas secretarias de Saúde, sendo dois casos confirmados (um em Brasília, que resultou em morte; e outro de um morador de São Paulo – que evoluiu para cura) e outros três descartados, o Brasil não tem casos de febre amarela desde 1942.
"Os casos registrados de lá para cá foram todos de febre amarela silvestre, ou seja, de pessoas que contraíram a doença nas florestas", dirá ele no pronunciamento.
Segundo o ministro da Saúde, os casos "suspeitos" estão localizados e "restritos" a áreas onde algumas pessoas não vacinadas entraram em florestas e matas nas últimas semanas.
"O Ministério da Saúde tomou todas as medidas preventivas para evitar que casos da doença aparecessem antes mesmo da confirmação do caso sob investigação", informa o ministro.
Ele recomenda ainda à população que só procure os postos de saúde quem morar, ou for visitar, as chamadas "áreas de risco" e somente quem nunca se vacinou – ou se foi vacinado antes de 1999.
"Mas, lembre-se, tomando a vacina, você estará totalmente protegido após dez dias", explicará Temporão. O ministro finalizará dizendo que as autoridades estão preparadas para atender a quem realmente precisa da vacina.
O Ministério da Saúde informa ainda que, em janeiro de 2008, foram enviados 3,23 milhões de doses da vacina contra febre amarela para todo o Brasil. Em 2007, a média mensal de envio para vacinação de rotina foi de 961 mil doses por mês, totalizando 11,5 milhões de doses no período, acrescentou.
De acordo com o Ministério, de 29 de dezembro de 2007 a 12 de janeiro deste ano, o Distrito Federal vacinou 892.982 pessoas, em uma população estimada em 2,4 milhões. A cobertura vacinal do DF, antes do alerta, era superior a 90% – o que indica, ainda segundo o Ministério, um "alto índice" de pessoas que buscam a revacinação.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina oferece dez anos de proteção e o seu reforço durante este período "não é necessário, nem recomendado".