MPT vai pedir à Justiça interdição das usinas

DivulgaçãoProcuradores concederam coletiva na sede da PRT sobre Operação Zumbi dos Palmares

Procuradores concederam coletiva na sede da PRT sobre Operação Zumbi dos Palmares

Uma força-tarefa do Ministério Público do Trabalho (MPT) vai entrar, nesta quarta-feira, 27, com ação cautelar para interditar judicialmente duas usinas que atuam em Alagoas por desrespeitarem os direitos mínimos do trabalhador.

Procuradores do Trabalho de vários estados realizaram fiscalizações nas empresas alagoanas e constataram uma situação de precariedade, que colocam os cortadores de cana numa condição degradante, análoga à de escravo, que fere a dignidade humana.

A força-tarefa da operação Zumbi dos Palmares, formada por nove procuradores do Trabalho, está atuando em parceria com o grupo especial móvel, composto por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.

Por conta da situação degradante a que os trabalhadores rurais são submetidos, as duas usinas tiveram o corte da cana interditado por tempo indeterminado, no último sábado, até que as empresas cumprissem a determinação do grupo móvel: providenciar equipamentos de proteção individual; providenciar instalações sanitárias; água potável em temperatura adequada; e melhores condições nos alojamentos onde vivem os trabalhadores.

Mas as usinas conseguiram liminar na Justiça Federal e na Justiça do Trabalho e vão retornar o trabalho do corte da cana. Em entrevista coletiva, realizada nesta terça-feira, o procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho, Rodrigo Alencar, lamentou a decisão da Justiça, porque põe em primeiro plano o fator econômico e deixa o trabalhador em péssimas condições

Durante a coletiva a força-tarefa fez um balanço parcial da operação, apresentando dados e imagens de todo material coletado nas fiscalizações que vão compor a ação civil pública. Os procuradores também vão entrar com ação de execução dos termos de compromisso assumidos junto à PRT e com ação de indenização por dano moral coletivo.

Fonte: Com PRT

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