Três pessoas foram atacadas por abelhas terça-feira, 18, em Feira de Santana (a 109 km de Salvador). Uma das vítimas está internada em estado grave na Unidade Semi-Intensiva do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). O marceneiro Marcelo Silva Costa, 22 anos, foi picado após ir tirar mangas em um terreno próximo à sua casa no bairro do Tomba.
Além dele dois vizinhos que tentaram socorrê-lo foram atacados, mas após medicados foram liberados. De acordo com o mecânico Cornélio Martins de Jesus, 60 anos, que também foi picado pelas abelhas, ao balançar as galhas da árvore, Marcelo bateu na colméia. Ao tentar se livrar dos insetos, ele caiu da árvore e ficou desacordado.
“Marcelo estava no alto da mangueira quando foi atacado. Ele caiu e, mesmo no chão, as abelhas continuaram picando. Marcelo ficou bastante machucado, inclusive na região da cabeça”, contou Martins. O genro do mecânico, Manoel de Jesus, 21 anos, também foi picado, já que tentou socorrer o amigo.
O SAMU 192 foi acionado pelos moradores, mas não chegou a prestar socorro, já que não tinha roupas apropriadas. Moradores levaram o marceneiro para o Clériston Andrade. “Quando o meu filho caiu a colméia caiu junto dele. Acho que ele levou cerca de 400 picadas das abelhas”, contou Maria Renildes Costa, mãe da vítima.
O médico José Roberto Reis informou que Marcelo chegou ao hospital inconsciente e apresentando várias picadas dos insetos, além de convulsão. Ele está sendo mantido em coma induzido, e está sendo tratado com vários antibióticos. O médico não descartou a possibilidade de traumatismo craniano, já que a vítima possui um profundo corte na cabeça.
“Iremos submetê-lo a uma tomografia para confirmarmos ou não o traumatismo. O estado dele é delicado e estas 72 horas são primordiais para observarmos se a toxina das abelhas atingiu a parte renal do paciente”, explicou Reis.
De acordo com moradores, o Corpo de Bombeiros esteve no local com roupas e equipamentos para fazer o socorro da vítima, mas ele já estava no hospital. A equipe não teria conseguido localizar a colméia, deixando a vizinhança preocupada, pois crianças brincam no local.
A TARDE/SALVADOR