Rio – Os confrontos entre policiais e bandidos deixaram mais mortos de ambos os lados no ano passado, em comparação com 2006 no Rio de Janeiro. O número de suspeitos mortos nos autos de resistência subiu de 1.063 para 1.330, ou seja, 25,1%.
No caso dos agentes assassinados em serviço, houve aumento de 29 para 32, 10,3%. Apesar dos enfrentamentos, ocorreu redução no número de presos, assim como de armas e drogas apreendidas. Os índices constam no balanço anual divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), nesta quarta-feira.
Segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o crescimento de mortes de bandidos e policiais ocorreu devido aos tiroteios para combater o tráfico de drogas nas favelas. "Nós não podemos entrar em locais como a Grota ou Chuveirinho (duas favelas cariocas) para prender uma pessoa sem que haja enfrentamento", destacou.
O documento do ISP mostra ainda que o número de policiais mortos durante a folga passou de 93 para 119, entre 2006 e 2007, o que representa um aumento de 28%. "O policial tem por natureza reagir mesmo quando está em folga e o criminoso aqui (no Rio de Janeiro) não quer perder. Ele reage de forma violenta, caso, por exemplo, do meu segurança que morreu na Linha Amarela com mais de 80 tiros", disse.
Apesar dos intensos confrontos entre criminosos e policiais, as prisões caíram 13,2% de 16.543 para 14.355, as apreensões de armas apresentaram redução de 16,9%, passando de 13.312 para 11.062, e o recolhimento de drogas passou de 10.793 para 10.178, queda de 5,7%.
O relatório do Instituto de Segurança Pública apresenta 33 tipos de crimes. Desse total, 19 caíram e 14 tiveram crescimento no ano passado em relação a 2006. O roubo de pedestres subiu de 46.340 para 59.494, ou seja, 28,4%. O secretário de Segurança disse que esse problema está ligado à falta de efetivo e anunciou a abertura de concurso público para o preenchimento de 3.100 vagas, sendo 1.500 para o interior.
As informações são do Terra