Chuvas: março registra quase o dobro da média histórica na capital

Casas com rachaduras no Conjunto Cabo Luis Pedro, desabamento parcial na Ponta Grossa, queda de árvore sobre residência no Barro Duro e queda de muro sobre parede de casa no Jacintinho foram algumas das 17 ocorrências relacionadas à Defesa Civil Municipal registradas em sete dias (de terça-feira passada a hoje, 24) na capital alagoana.

“Nessas ocorrências a Defesa Civil vai até o local e toma as medidas emergenciais, mas muitas vezes tem que retornar uma ou mais vezes ao mesmo local, e isso conta como uma ocorrência só”, explica o coronel Antônio Almeida, coordenador-geral da Defesa Civil Municipal.

Segundo ele, a média histórica de chuvas no mês de março em Maceió é de 100 a 150 milímetros. Do começo do mês até esta segunda-feira o índice foi de 224.6 milímetros, quase o dobro da média máxima.

Levando-se em conta que os dados pluviométricos se baseiam em décadas, é possível considerar que, este ano, as chuvas de março fecharam o verão de forma histórica na capital. E a previsão da meteorologia é de mais chuva até a próxima quinta, 27.

O coordenador explica que, independente do índice de chuvas, há 19 meses – desde o dia 29 de agosto de 2006 – não é registrado nenhum óbito decorrente de acidentes envolvendo desabamentos e deslizamentos em Maceió. “Em 2004 morreram 24 pessoas. Em 2005 foi registrado um óbito, em 2006 dois, e nenhum no ano passado. Isso se deve as medidas adotadas pela Prefeitura Municipal, como a limpeza constante de galerias e o calçamento de ruas. Tudo isso ajuda a evitar acidentes mais graves”, afirma.

Áreas de Risco

Segundo o mapeamento feito pelo Plano Municipal de Redução de Riscos, existem 570 setores de riscos – pequeno, médio, alto e muito alto – divididos em sete complexos: Benedito Bentes, Chã da Jaqueira, Tabuleiro, Alto Reginaldo, Baixo Reginaldo, Mundaú e Litoral Norte.

Destes 570 setores, quase a metade, 269, estão no Vale do Reginaldo. “Acredito que o investimento feito para a construção da Alça Viária vai eliminar 50% dos setores de risco do local, para que a população possa chegar mais sossegada ao inverno”, avalia o coronel Almeida.

As ocorrências mais recentes registradas pela Defesa Civil, entre a madrugada de domingo e esta segunda-feira, foram o desabamento de uma casa na grota Pica-Pau, que deixou três pessoas feridas, e o desabamento de um muro na Grota da Bananeira, no Jacintinho.

O muro da casa caiu sobre a parede do quarto atingindo duas crianças, de 14 e 10 anos, no momento em que elas dormiam. As duas chegaram a ficar soterradas, mas foram socorridas por familiares e vizinhos e só tiveram ferimentos leves.

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