O ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, disse nesta quarta-feira (9) que o governo está discutindo possíveis mudanças no serviço militar obrigatório. Uma das novidades seria a criação do serviço social obrigatório, que serviria como opção para os candidatos que não pretendam passar um ano servindo às Forças Armadas.
Embora esteja analisando mudanças no serviço militar obrigatório, há um consenso entre civis e militares sobre a necessidade de mantê-lo. A justificativa é que num país desigual como o Brasil o serviço militar pode funcionar como um "nivelador republicano". "É um espaço no qual a Nação pode se encontrar acima das classes", afirmou Mangabeira.
Na hipótese de ser criado o serviço social obrigatório, o candidato não ficará totalmente isento da vida militar. Antes de cumprir o período de prestação de serviço comunitário, ele deverá passar por um rígido treinamento militar para ficar à disposição do Estado como integrantes de uma força de reserva.
"Nele [serviço social obrigatório], o jovem receberia um treinamento militar rudimentar para poder compor uma força de reserva capaz de ser mobilizada em circunstâncias de emergência nacional ou mundial", disse.
Mangabeira participa de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, que, pouco antes, ouviu o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Da Agência Brasil