O reeducando Antonio da Silva, 42, foi encontrado morto por agentes penitenciários em uma cela do módulo III, do Presídio Cyridião Durval, na manhã desta quarta-feira, 23.
De acordo com as primeiras informações, a morte teria ocorrido por razões naturais. O gerente-geral da unidade, capitão André Dias, está se deslocando até o local. Segundo a assessoria de Intendência Geral do Sistema Penitenciário, este mesmo reeducando teria sido levado ao Manicômio Judiciário, na tarde de ontem.
A direção do presídio está com dificuldades para ter acesso ao corpo do reeducando, uma vez que os presos estão protestando pela falta de médico para atendê-los. Os presos afirmam que há mais de seis meses o presídio está sem médico. Peritos do Instituto de Criminalística e funcionários do Instituto Médico Legal Estácio de Lima já foram acionados e estão se encaminhando ao presídio.
A falta de um profissional de saúde foi motivo para um princípio de motim ocorrido no dia 8 de fevereiro. Além da falta de médico, os reeducandos exigiram melhores condições de higiene na unidade prisional. À época, os presos chegaram a atear fogo em colchões e ‘abalaram’ as grades dos módulos.
De acordo com a assessoria da Intendência Geral do Sistema Penitenciário, o dentista foi afastado após sofrer um infarto, já o médico teria pedido demissão e até o momento não foram substituídos, o que prejudica o atendimento dos reeducandos, que precisam ser levados para atendimento médico fora das unidades prisionais.
Alucinações
Informações fornecidas pela assessoria da Igesp dão conta que o reeducando foi encaminhado na manhã de ontem, às 11h45, para o Manicômio Judiciário, por apresentar um quadro de alucinações. Antonio da Silva foi examinado e medicado e por volta das 13h20 voltou à unidade prisional.
Os dois reeducandos que dividiam a cela com Antonio informaram aos agentes que não perceberam nada de anormal e que quando acordaram na manhã de hoje observaram que Antonio estava em sua cama, sem vida.
Atualizada às 9h45.