Um argentino que, segundo ele, não consegue emprego porque tem 38 filhos, quer fazer uma vasectomia. Cleto Ruiz Días, 50 anos, diz que as empresas temem os encargos sociais a serem desembolsados com uma família tão numerosa. Días vive com três mulheres em uma precária residência em Santa Lucía, a 250 km da capital de Corrientes.
Há três anos, o homem afirma que tem a intenção de fazer a vasectomia para evitar que sua situação econômica, que já é difícil, piore ainda mais, porém, ele diz que os gastos são muitos para ir até o hospital de Corrientes e isto o impede de colocar o plano em prática.
Além disso, Días pretende antes corrigir o problema de um dos filhos menores que nasceu com lábios leporinos. Em quatro meses, o argentino afirma que o caso do filho deve estar solucionado e assim poderá voltar a pensar na vasectomia.
Días revolta-se porque há alguns anos, quando seu caso ficou conhecido no país, políticos e funcionários públicos fizeram promessas de ajudá-lo, que nunca se cumpriram. Cada vez que leva o filho ao médico, ele precisa de 100 pesos, que tem dificuldade em conseguir.
O argentino ficou famoso em 2004 quando começou a ser debatida na região a lei para a ligadura de trompas e a vasectomia. Días foi tomado como exemplo para reforçar o argumento de que a lei era urgente e necessária.