Estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) estão sendo indiciados pela Polícia Federal pelo protesto, realizado em 10 de dezembro do ano passado, contra o Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – Reuni, que acabou em pancadaria.
“Um estudante já foi indiciado e mais dois serão convocados a prestar depoimentos”, informou o estudante de Serviço Social Fabiano Santos, integrante da Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes (Conlute).
Segundo ele, todos os estudantes que aparecem em um vídeo do Conselho Universitário (Consuni) serão chamados pela polícia. Para a Conlute, as instituições policiais, como Polícia Federal e Polícia Militar dentro da universidade afrontam à universidade, aos estudantes e à democracia. “Pedimos respeita à autonomia universitária”, diz Santos.
O integrante da Conlute explica que os estudantes realizaram ato público para exigir mais discussão pela universidade sobre o Reuni. “O que ocorreu foi um confronto de idéias entre o grupo favorável ao plano de reestruturação e o grupo contrário. A reitora da Ufal, Ana Dayse Dórea, acionou os seguranças da Servipa, que chegaram sem nenhuma preparação e controle, jogando cadeiras e agredindo os estudantes”.
A Conlute ressalta que não houve debate pela reitora à comunidade universitária sobre o Reuni. “Em apenas oito meses e com o uso da repressão, a reitora conseguiu aprovar o Reuni, quando nas universidades européias, a comunidade acadêmica levou dez anos para fazer a reestruturação, e, mesmo assim, ainda fazem críticas”, disse.
