O líder da bancada do PR na Câmara Municipal de Maceió, vereador Marcos Alves, anunciou que irá levar para a discussão do partido a proposta de lançamento de uma candidatura própria à prefeitura de Maceió. A proposta é aproveitar o momento de necessidade para elevar a ética na política e lançar um candidato sem ligações com a chamada Operação Taturana, desencadeada pela Polícia Federal (PF) em dezembro do ano passado e que já tem mais de cem indiciados. O vereador ressalta que não se trata de um rompimento com a atual gestão municipal, mas uma proposta a ser discutida no âmbito da legenda.
O vereador lembra que o PR tem nomes preparados para disputar a sucessão municipal e cita a atual vice-prefeita Lourdinha Lyra e o deputado estadual Rui Palmeira. “Já conversamos com o deputado, que prometeu estudar a proposta. Consideramos se tratar de um bom nome, devido a sua tradição familiar e política, bem como a sua maturidade desde que assumiu o mandato popular na Assembléia Legislativa”, declarou Marcos Alves, acrescentando que a vice-prefeita Lourdinha Lyra está em viagem mas, tão logo retorne à capital, deverá entrar nas discussões sobre o tema.
O deputado Rui Palmeira é filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Guilherme Palmeira, ex-governador de Alagoas e ex-prefeito da capital. Rui Palmeira é um dos parlamentares que não foram indiciados pela PF.
Ainda de acordo com o vereador Marcos Alves, as lideranças de base ligadas ao PR também vêm se mostrando favoráveis ao lançamento de candidatura própria do partido. “E essas lideranças têm exigido do partido que, caso não seja lançado um nome próprio para disputar a prefeitura de Maceió, o partido retire seu apoio a nomes indiciados pela Polícia Federal na chamada Operação Taturana”, acrescentou Alves. A PF apura o suposto desvio de aproximadamente R$ 300 milhões dos cofres do Legislativo estadual. No processo, estão indiciados, até agora, 14 deputados estaduais, além de ex-parlamentares que, no total, já ultrapassa a marca das cem pessoas.
Os vereadores que integram a bancada do PR na Câmara Municipal de Maceió e os filiados da legenda devem ser consultados para referendar a proposta levantada pelo presidente licenciado do diretório municipal do partido, o vereador Marcos Alves. “A sociedade exige uma postura ética e transparente dos entes públicos. Até mesmo a Igreja Católica começou a debater esse tema e o lançamento de um nome isento, sem envolvimento com a operação da Polícia Federal, tem esse objetivo. É uma contribuição do partido para fazermos essa limpeza ética”, reforçou Marcos Alves.
