A delegada Luci Mônica, responsável pelo Departamento de Estatística e Informática da Polícia Civil (Deinfo), determinou que todas as delegacias do Estado listassem a relação de armas, munição e equipamentos, e remetessem para o Deinfo, no prazo de 30 dias.
A medida visa dar números reais ao arsenal existente na Polícia Civil, para, mediante a necessidade de ocorrências, redistribuir o armamento, com o reforço do governo federal. A delegada anunciou ainda a promoção de um curso para aperfeiçoamento do Serviço de Inteligência da PC.
“Apenas com a constatação precisa da quantidade de armas e equipamentos da Polícia Civil poderemos realizar um estudo completo da situação do armamento policial que dispomos. Antes não existia um controle”, explicou a delegada, ao afirmar que, com os dados em mãos, irá confrontar com as informações existentes no Deinfo, para promover um mapeamento das áreas que mais necessitam de um reforço no policiamento, além de suporte de equipamentos e armamento. “Queremos saber onde e com quem estão as armas do Estado. Vamos redistribuí-las com base nos índices de criminalidade de cada região”, destacou.
A adesão dos delegados no fornecimento das informações está sendo a contento, segundo Luci Mônica. Porém, ela avisa que, em caso de resistência, eles serão enquadrados em crime de responsabilidade. “Os nomes dos delegados que não fornecerem esta documentação a respeito do armamento dos policiais serão publicados em Diário Oficial e responderão por crime de responsabilidade”, ressaltou.
A medida é originada de um projeto de planejamento e execução para chegada do auxílio do governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). São R$ 18 milhões para implementação do combate à criminalidade no Estado, assegurados pelo Ministério da Justiça. “Armamento não-letal, coletes, munição e demais equipamentos devem chegar dentro de 30 dias”, confirmou a delegada.
Luci Mônica esteve em Brasília recentemente com a cúpula da Defesa Social e recebeu do coordenador-geral de Inteligência do Ministério da Justiça, Adriano Mendes Barbosa, a garantia de apreciação rápida e especial dos projetos encaminhados por Alagoas. “O Estado tem apoio total e grande abertura no Ministério da Justiça para encaminhamento de projetos, em especial na área de inteligência”, disse. De acordo com o entendimento da nova cúpula da Defesa Social, a inteligência é fundamental para a promoção de um trabalho policial de qualidade e eficaz.
Curso em Inteligência – Comprovando o apoio assegurado pelo governo federal, a Senasp vai patrocinar um curso de aprimoramento de técnicas de combate à criminalidade, com enfoque no serviço de inteligência. O curso tem duração de 200 horas e é voltado preferencialmente para os membros do Serviço de Inteligência da Polícia Civil, porém, os demais setores da polícia podem se inscrever. São 25 vagas disponíveis e as aulas serão ministradas por seis instrutores especializados da Senasp.
A delegada reforçou que o curso terá aulas teóricas e práticas, com mobilização de armamento, carros e demais equipamentos para melhor capacitar os agentes. Segundo ela, o curso se divide em três etapas. De 16 a 20 de junho acontece a primeira fase; entre 21 de julho e 1º de agosto, a segunda e, de 25 de agosto a 5 de setembro, a fase final.