Moradora de rua grávida morre queimada

Rio – Dois adolescentes moradores de rua foram queimados sob o Viaduto dos Marinheiros, Centro do Rio, por volta das 4h30 deste domingo. Outras quatro pessoas, a maioria menores, que estavam no abrigo que pegou fogo conseguiram escapar e não ficaram feridas.

Flávia Souza, de 15 anos, que estava grávida de um mês, morreu na hora. Já Welington Alves, de 16 anos, teve 100% do corpo queimado e está internado em estado gravíssimono Hospital Souza Aguiar, no Centro. As lesões são de segundo e terceiro graus. De acordo com os médicos, são mínimas as chances de sobrevivência.

Suspeito detido

O também morador de rua Paulo Roberto de Oliveira Ribeiro, o Tupira, 19 anos, foi detido por agentes da 20ª DP (Vila Isabel) na manhã deste domingo. Ele, que é apontado por outros moradores de rua como o principal suspeito, presta depoimento.

Segundo três pessoas que moram perto do viaduto e que também foram levadas para a delegacia para falar sobre o caso, Tupira vinha praticando pequenos roubos e furtos a pedestres na região, o que desagradava outros moradores de rua, que acabavam sendo alvos constantes de revistas policiais.

Um morador identificado como Eduardo de Souza, de 15 anos, teria discutido e até se envolvido em luta corporal com Tupira na semana passada. Segundo as testemunhas, teria sido naquele momento que Tupira teria ameaçado atear fogo no local onde Eduardo dormia.

Peritos estiveram no abrigo sob o viaduto nesta manhã. A destruição foi tão grande que não há pistas sobre o material usado no incêndio. O caso será investigado pela 20ª DP (Vila Isabel).

Namorado inconformado

Leonel Souza, 17 anos, companheiro da jovem que morreu queimada, se diz inconformado com o ocorrido. Segundo ele, os dois já tinham se mudado do local e a mãe de Flávia até pagaria seis meses de aluguel, mas como ele conseguiu um emprego em uma gráfica durante a madrugada, deixou a namorada ficar no antigo local junto com outros conhecidos. "Ela ainda pediu para que eu não a deixasse sozinha, mas era o meu primeiro dia no trabalho e não poderia faltar. Não imaginava que tudo isso poderia acontecer", lamentou Leonel.

O DIA/RJ

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