Uma reviravolta no caso da menor Jaqueline Maria Madalena da Silva, de apenas 12 anos, cujo corpo foi encontrado na noite da segunda-feira, 19, às margens do açude do Sítio Serra Preta, a 15 km de União dos Palmares, após três dias desaparecida. A menina estava desaparecida desde a sexta-feira, 16, quando saiu para ir à escola, que fica na sede da fazenda.
Um vaqueiro da fazenda, que segundo informações procurava uma vaca que havia se perdido, encontrou o corpo da menor às margens do açude, parcialmente despido, em avançado estado de putrefação. Ainda na noite de segunda-feira, o delegado Tarcizo Vitorino, que foi informado do achado do corpo, disse que a garota poderia ter morrido após sofrer um mal súbito enquanto nadava no açude.
Esta possibilidade, no entanto, foi descartada após o delegado receber o laudo preliminar dos peritos do Instituto de Criminalística. Segundo este laudo, a garota teria assassinada e possivelmente violentada, informação que será confirmada com a realização do exame de conjunção carnal. Várias escoriações foram detectadas no corpo da criança, que segundo familiares era uma menina tranqüila e querida.
Além da brutalidade do crime, familiares da menina Jaqueline Maria reclamam da ausência do aparato do Estado. Segundo eles, o corpo da menor teria ficado exposto ao relento por mais de 16 horas, sem que os funcionários do Instituto Médico Legal Estácio de Lima fossem recolhê-lo.
O delegado de União dos Palmares, Tarcizo Vitorino, após a descoberta do corpo instaurou inquérito policial para apurar o crime. "O IML errou em só ter comparecido à União mais de 16 horas depois que tomou conhecimento da existência do corpo. Informarei ao delegado-geral da Polícia Civil, ao secretário de defesa Social o fato, para que sejam apuradas as responsabilidades.”