Rio – O enterro de seu Edevair de Souza Farias, pai do atacante Romário, foi marcado por muita emoção na tarde desta quinta-feira. Pouco depois das 16h, o corpo foi sepultado no jazigo da família, no cemitério de Inhaúma, Zona Norte, do Rio, sob o olhar emocionado do Baixinho, de dona Lita, além de familiares, amigos, técnicos, dirigentes, ex-jogadores e dezenas de curiosos.
Romário ficou quase todo o tempo ao lado da mãe e chorou bastante no enterro. Com a bandeira do América-RJ – clube do coração de seu Edevair – nas mãos, utilizada para cobrir o caixão, o ex-atacante se despediu do pai.
O presidente do Vasco, Eurico Miranda, que é amigo do jogador e da família, foi prestar a última homenagem a seu Edevair. O dirigente disse que aimirava a sinceridade dele.
“Seu Edevair era um grande cara. Nos conhecíamos há 20 anos e sempre gostei do seu jeito direto de falar o que pensava. Uma das coisas boas que Seu Edevair tinha era a sua grande rejeição pelo Flamengo. Gostava muito disso", falou.
Técnicos e ex-companheiros marcaram presença e deram apoio ao craque. Alfredo Sampaio e Paulo César Gusmão, que já comandaram o Vasco, e o atual treinador do clube, Antônio Lopes, estiveram presentes, assim como o ex-zagueiro Wilson Gottardo e o tetracampeão Mazinho, companheiro de Romário na Copa do Mundo de 1994.
"A família dele sempre foi muito honesta e ele se tornou o homem que é por causa do pai. Lamento apenas que ele não tenha realizado o sonho de vê-lo jogar pelo América-RJ", disse Mazinho.
Torcedor fanático do América, seu Edevair morreu por volta das 16h desta quinta-feira, após sofrer um ataque cardíaco. Internado há uma semana no Hospital Barra D’Or por causa de uma infecção urinária, o pai de Romário, fazia hemodiálise desde 2005.
Principal responsável pelo sucesso do filho no futebol, Seu Edevair fundou um clube amador chamado Estrelinha para que Romário, aos 6 anos, começasse a jogar no bairro da Vila da Penha. Seu Edevair também era conhecido por declarações folclóricas tal como seu filho. Um pouco antes de falecer, ele passou por uma grande tristeza ao ver seu América ser rebaixado para a segunda divisão do estadual.
Irreverente, ele só fazia questão de falar sério quando o assunto era o América e a promessa de seu filho de vestir a camisa do seu time de coração. Embora não tenha jogado profissionalmente pelo time alvirrubro — o grande sonho de Seu Edevair — Romário chegou a fazer duas partidas com a camisa do clube.
A primeira foi em 1994, pouco depois da conquista do tetra mundial nos EUA, em Niterói, num amistoso que marcou a despedida do ex-atacante americano Luizinho, principal artilheiro do clube. Na outra ocasião, ele participou de uma partida festiva pelo centenário do clube, em 2004, jogando um tempo pelo América e outro pelo Fluminense.
Com informações do Portal Terra.