Rio – Depois da denúncia feita nesta segunda-feira com exclusividade pelo O Dia Online sobre a venda irregular de bebidas alcoólicas no Maracanã, na partida entre Flamengo e Internacional, no último sábado, o procurador geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmidtt, afirmou nesta terça-feira que o clube e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), já foram notificados e terão que prestar esclarecimentos até quinta-feira, dia 29. De acordo com o procurador, clube e CBF podem ser punidos.
"O Flamengo já foi intimado a prestar esclarecimentos sobre o caso, assim como a CBF. Agora temos que esperar a resposta para nos manifestarmos. São várias as punições previstas no código. A estratégia da procuradoria é essa. Vamos verificar se ouve falha na revista, na fiscalização e em todo o estádio. As punições vão de multa a suspensão do mando de campo. Vamos aguardar", disse Schmidtt.
O vice-presidente de futebol do Flamengo, Kléber Leite, isentou o clube de culpa e disse que, apesar de o rubro-negro jogar no Maracanã, a gerência é do Estado do Rio.
"A CBF tem pleno conhecimento de que o Maracanã é administrado pelo Estado. O clube até coloca segurança, ajuda a fiscalizar, mas a responsabilidade não é nossa", falou o dirigente.
Ao saber das declarações do dirigente rubro-negro, o presidente do STJD afirmou que o clube e a CBF têm responsabilidade no caso.
"Eles (Flamengo) têm responsabilidade sim. Eles que escolhem as praças esportivas e devem se responsabilizar pelo que ocorre nessas praças. A CBF tem que cumprir a resolução. Estou aguardando a manifestação do clube e da federação, para tomar as providências", falou Schmidtt, que disse ainda que uma das punições à CBF pode ser a interdição do Maracanã
Questionado sobre aonde o Flamengo jogaria, caso o estádio fosse interditado, Kléber Leite foi enfático.
"Não vou trabalhar em cima de hipóteses. Se o Maracanã for interditado você me liga e eu te digo aonde vamos jogar", falou.
O primeiro jogo do rubro-negro no Brasileirão deste ano, contra o Santos, foi com portões fechados. A punição foi por causa de uma lata atirada em campo, na última partida do nacional de 2007, contra o Grêmio.