As fortes chuvas que caíram em Alagoas nos últimos tempos têm deixado os fiéis de uma igreja evangélica, localizada no bairro de Bebedouro, temerosos. O fato é que o prédio em que congregam, construído há cerca de 15 anos, apresenta rachaduras por toda a parte e irregularidades no piso que somente uma reforma geral seria capaz de resolver.
As rachaduras podem ser vistas do alto do templo até a sua base, nos lados externo e interno. Segundo fiéis, certa vez o templo precisou de um reforço estrutural e recebeu novas colunas, mas até mesmo estas já estão comprometidas. Em relação ao piso, o Alagoas24Horas comprovou durante uma visita, que se encontra desnivelado, principalmente devido ao fato do prédio ser construído sobre um mangue.
“Não vejo a possibilidade de o templo cair agora, mas também não descarto a possibilidade disso acontecer, caso as chuvas se intensifiquem em Maceió. O prédio inteiro está rachado e os irmãos temem que desabem, por isso resolvemos divulgar o caso”, disse um dos fiéis, James dos Santos Pereira.
Ele conta que algumas pessoas mudaram de congregação por medo de um incidente e que isso preocupou ainda mais. “Já entrei em contato com a Defesa Civil e enviei uma solicitação ao Crea para que realizem uma visita ao prédio e a direção possa agilizar a reforma do prédio, mas até agora não obtivemos resposta”, ressaltou Pereira.
A direção da igreja, que chegou ao templo no momento da visita da equipe do Alagoas24Horas, garantiu que já iniciou o processo de reforma e tranqüilizou os fiéis quanto à segurança do prédio, mesmo admitindo que passa por problemas estruturais.
A denúncia dos fiéis da igreja Assembléia de Deus chamou a atenção para um fato interessante, não há fiscalização quanto às condições de segurança em templos religiosos, “somente quando um prédio destes desaba, os órgãos aparecem para fazer vistoria, assim também é prevenção de incêndio, quantas igrejas possuem extintores de incêndio, quem tem que fiscalizar”, questionou James Pereira.
O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) informou, por meio de sua assessoria, que tanto neste caso quanto em qualquer outro, o órgão poderá disponibilizar uma equipe para realizar uma análise do local. Entretanto, apenas quando há uma solicitação do Ministério Público, a fiscalização é realizada.
A reportagem não conseguiu contato com a Defesa Civil do Estado.