Agentes penitenciários retomam paralisação

Sionelly Leite/Alagoas24Horas/ArquivoAgentes temem consequências de superlotação

Agentes temem consequências de superlotação

O não cumprimento dos pontos de pauta assegurados pelo secretário de Estado da Segurança, Paulo Rubim, na última negociação com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado é o motivo de nova paralisação marcada para quarta-feira, 4. Os agentes afirmam que o prazo para o cumprimento das reivindicações da categoria terminou no dia 30 de maio e até o momento não houve aceno por parte do Governo.

Nesta terça-feira, 3, a categoria se reuniu em assembléia para decidir os rumos do movimento grevista, que até então encontrava-se em alerta. Os agentes decidiram paralisar as atividades, por tempo indeterminado, até que o Governo cumpra sua parte nas negociações.

“O pessoal decidiu em assembléia que não dá para agüentar o descaso do Governo. O acordo com o secretário Paulo Rubim se venceu no dia 30 e nenhuma mudança combinada foi implantada. Nós que estamos correndo risco de vida com os presídios lotados, a falta de estrutura e equipamentos e algumas epidemias assolando no Sistema Prisional”, justificou Jarbas de Sousa, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários.

Segundo Jarbas, o secretário Paulo Rubim chegou a dizer que o Estado pretende reagir ao movimento grevista e satirizou as reivindicações da categoria, tentando resumi-las em folgas de cinco dias. “Até agora não chegou nada que o secretário prometeu, nem as viaturas, nem as armas nem tampouco foram postas em práticas as mudanças garantidas. Os agentes compraram suas armas com o próprio dinheiro para proteger a vida”, ressaltou Sousa, acrescentando que os agentes não vão permitir que policiais militares assumam as guaritas.

"A população precisa entender que os presídios estão superlotados – eles têm capacidade para 400 presos e no momento abrigam 700 – há racionamento de comida, a negociação salarial da nossa categoria e dos prestadores de serviço está estagnada e nós é que somos acusados de não querer trabalhar. Como nós podemos arcar com as reponsabilidades de um sistema com tantos problemas?", questionou o presidente do sindicato.

A paralisação terá início amanhã e somente 30% dos serviços estarão funcionando.

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