Visitas nos presídios continuam suspensas

Flávia Duarte/Alagoas24horas/ArquivoCentenas de familiares aguardam para ter acesso ao sistema

Centenas de familiares aguardam para ter acesso ao sistema

As visitas de familiares de reeducandos continuam suspensas nas unidades prisionais do sistema penitenciário de Alagoas em virtude da greve dos agentes penitenciários. Os agentes ainda aguardam uma resposta do Governo do Estado de Alagoas para uma pauta de 14 itens, entre eles reajuste salarial (equiparação com os agentes da Polícia Civil) e melhores condições de trabalho.

As visitas foram suspensas nesta quinta-feira, o que acarretou tumulto e protestos na BR-104, em frente ao sistema prisional. A greve dos agentes atinge as unidades do Cyridião Durval, Baldomero Cavalcanti, Casa de Detenção e o presídio feminino Santa Luzia. Em Arapiraca, os agentes penitenciários da unidade do interior Desembargador Luiz de Oliveira não aderiram à greve.

Para tentar contornar o problema, foi acionado – no início da manhã de hoje – o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope). O objetivo é fazer com que a Polícia Militar tome conta das unidades prisionais, regularizando as visitas e evitando novos tumultos. Porém, o clima no local é tenso.

Não bastassem familiares e presos revoltados com a situação, os agentes ameaçam suspender todos os serviços e desocupar o sistema prisional caso a PM entre nas unidades prisionais. Neste momento, os homens do Bope se encontram no sistema, porém fora dos presídios. Em virtude da greve, os agentes já suspenderam as escoltas, não liberam visitas, nem banho de sol e ainda proíbem a entrada de advogados e médicos. Os presos só são liberados para visita médica em casos de urgência.

De acordo com o líder sindical dos agentes penitenciários, Marcelo Avelino, o Governo do Estado de Alagoas acenou com a possibilidade de uma reunião na manhã de hoje, no Palácio República dos Palmares. Os agentes alegam que apenas o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) pode resolver os problemas da categoria, já que a Secretaria de Defesa Social, comandada por Paulo Rubim, não conseguiu contornar a situação.

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