Agentes afirmam que ‘vão até o fim’ por reivindicações

Após o descumprimento do acordo firmado entre representantes do Governo do Estado e agentes penitenciários, a categoria já começa a se mobilizar para ampliar a discussão sobre a questão carcerária para o Legislativo e o Judiciário. Eles alegam que vão até o fim para garantir o acordo firmado na última sexta-feira, 6.

De acordo com presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Jarbas de Souza, o recuo da proposta de reajuste acertada desmereceu a figura do governador Teotonio Vilela Filho.

“Ao contrário do que diz o governo, nós fechamos um acordo na sexta-feira e não uma proposta. Temos um documento assinado. Em reunião esta semana, os titulares da Secretaria de Gestão Pública, Gabinete Civil, Planejamento e Fazenda decidiram por desmerecer a figura do governador e justificam a impossibilidade de cumprimento do acordo alegando que isso vai desencadear um movimento grevista em outras categorias”, explicou o sindicalista.

O acordo firmado com o governo tinha como proposta reajustar o salários dos servidores efetivos e terceirizados – concursados passariam de R$ 997 para R$ 1.330, a partir de agosto de 2008, e prestadores de serviço sairiam de R$ 475 para R$ 700, a partir de junho 2008 – e a agilização dos processos de reforma das unidades prisionais que tramitam na Procuradoria Geral do Estado.

Em assembléia realizada nesta terça-feira, 10, os agentes deliberaram que darão a resposta ao governo pela falta de comprometimento com a causa penitenciária. “Vamos até o final. Se quiserem demitir, demitam”, complementa Jarbas sobre a ameaça do governo de que podem ocorrer demissões em caso de nova greve, substituições por agentes terceirizados.

Como nova estratégia, os agentes penitenciários pretendem ampliar a discussão sobre a questão carcerária para os poderes Legislativo e Judiciário. “Vamos trazer os juízes envolvidos com a causa, desde o da Execução Penal até os corregedores do sistema penitenciários, para discutir as condições subumanas pro qual passa os presídios e convocaremos ainda os deputados para a questão”, disse.

Quanto o indicativo de nova paralisação das atividades, o presidente do sindicato informou que a categoria vai voltar a fazer greve mesmo com o decreto de ilegalidade, mas que ainda está sendo formulado um calendário de mobilizações.

Na próxima sexta-feira, dia 13, a categoria volta a se reunir em assembléia para deliberar o calendário de mobilização. Na terça-feira da semana está programado um grande ato público no período da manhã.

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