Parentes de vítimas de naufrágio lutam pela indenização

MANAUS – Um grupo de parentes de vítimas, nove anos depois do naufrágio com o barco Ana Maria VIII, em fevereiro de 1999, no Amazonas, ainda não recebeu indenização. O acidente com o barco é um dos maiores da história no Amazonas, 71 pessoas morreram pelos dados oficiais.

Neide Garcia Farias ainda busca os jornais da época e as fotos para relembrar a tragédia que marcou a vida da família. Ela perdeu o marido e os dois filhos no naufrágio. A família passava féria na casa de parentes e iria de Porto Velho para Manaus. O barco afundou na comunidade Pau Queimado entre os municípios de Manicoré e Humaitá.

Neide revela que o esposo foi enterrado como indigente enrolado numa lona preta e que nem pôde trazer o corpo para Manaus.Os corpos dos filhos de 15 e 17 anos nunca foram encontrados. De acordo com ela, as autoridades não tiveram interesse em procurá-los.

Nove anos depois, a dona de casa luta na justiça para receber a indenização de uma ação cível movida por ela e por outros parentes de vítimas do naufrágio. "Um advogado fala uma coisa outra fala outra e até hoje não conseguimos resolver", desabafa ela.

Nilton Queiroz, servidor público, também aguarda a decisão da justiça. Ele perdeu o pai de 74 anos. O corpo do aposentado também nunca foi encontrado. Sem resultados, ele acredita que o dono do barco esteja recebendo privilégios da justiça amazonense. Ele diz ter "muita gente grande por trás".

Dois processos tramitam na justiça por conta do acidente com o Ana Maria VIII. Um deles na justiça federal, movido contra a Capitania dos Portos.
Fonte: TV Amazonas

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