Polícia Civil deve receber recursos federais

Sionelly Leite/Alagoas24horasMarcílio Barenco, diretor-geral da Polícia Civil de Alagoas

Marcílio Barenco, diretor-geral da Polícia Civil de Alagoas

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio Barenco, a instituição deve receber um reforço – em breve – no combate ao crime organizado. Conforme o delegado-geral, trata-se de novos recursos e investimentos, que foram decididos em reunião com o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, em Brasília.

Barenco não quis adiantar como vai funcionar na prática este investimento que o Estado de Alagoas vai receber. “Não posso falar agora que recursos são estes, mas será um pacote de combate ao crime organizado”, colocou. Já na gestão de Barenco, foi criado o Núcleo Integrado de Repressão ao Crime Organizado (Nirco), que já vem atuando em operações tanto na capital, quanto no interior do Estado de alagoas.

Barenco confirmou ainda as reformulações no serviço de inteligência e as extinções das Delegacias de Plantão (Deplans), além da criação da Central de Polícia. O delegado-geral ressaltou ainda a iniciativa da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas de debater a situação da segurança pública, na manhã de hoje, em sua sede provisória, na Associação Comercial, em Jaraguá.

“É uma iniciativa importante, pois permite que demonstremos nossas dificuldades, como a questão dos recursos, já que segurança pública só se faz com dinheiro. Apesar dos esforços do Governo do Estado, Alagoas é um lugar parco de recursos. Mas, estamos trabalhando e já houve uma pequena redução nos números de homicídios”, colocou Barenco.

A sessão pública sobre segurança pública foi promovida pelo deputado estadual Judson Cabral (PT). Cabral compartilha da opinião de Barenco e vê como necessária a entrada do parlamento neste debate, para “contribuir com a sociedade alagoana”. “Cabe ao parlamento buscar esta discussão, saber se os recursos são suficientes e aferir os resultados que nos são apresentados. Uma coisa é certa, apesar das mudanças, a população ainda se sente insegura”, salientou.

De acordo com Judson Cabral, a Assembléia Legislativa não pode ser vista como um “terreno hostil” para os representantes da segurança pública, em especial a Polícia Federal, por conta das operações envolvendo deputados estaduais. “A Assembléia Legislativa tem que tratar as questões de forma mais ampla”, colocou. Cabral disse ainda que o parlamento também não é hostil ao delegado Marcílio Barenco, apesar do deputado estadual João Beltrão (PMN) querer uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o delegado.

“A Assembléia Legislativa tem que tratar de questões maiores. Estas mais específicas devem ser tratadas em outra esfera”, limitou-se a responder o parlamentar. A sessão pública contou com a presença dos deputados Judson Cabral, Jefferson Moares (Democratas), José Maria Tenório (PMN), Flaubert Filho (PTB), Fernando Toledo (PSDB), Dino Filho (PTdoB), Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), e Gilvan Barros (PMN).

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