Campina Grande deve lucrar R$ 20 milhões

Toda a cadeia produtiva do turismo de Campina Grande (PB) termina o mês de junho no lucro. Do pequeno produtor de milho ao dono de hotel, todos parecem traçar perspectivas para complementar o orçamento. Com a estimativa de 2 milhões de turistas passando pela cidade no período junino, as autoridades locais esperam que, quando acabar a festa, R$ 20 milhões tenham entrado na cidade.

Além do setor de turismo, em que se inserem hotéis, pousadas, táxis e restaurantes e que gera, no período, cerca de 5 mil empregos temporários, são beneficiadas áreas que, indiretamente, são ligadas à rede turística. Cresce a demanda por comida típica – e aí o cenário é favorável ao agricultor –, assim como a procura pela produção dos artesãos. Só o Salão de Artesanato deve fechar o mês com arrecadação de R$ 1 milhão.

A fábrica da maior indústria nacional de chinelos fica em Campina Grande, e é na indústria que está a maior vocação econômica da cidade. Mas o turismo de eventos é, hoje, um forte gerador de emprego e renda para o município. Na avaliação do coordenador de Turismo da cidade, Gilson Lira, a tendência é fortalecida com um calendário de atividades cheio: a cada dois meses, o município abre as portas para um evento de grande porte.

“O maior São João do mundo é o carro-chefe do calendário de eventos da cidade, reconhecido pela Embratur [Instituto Brasileiro de Turismo] como o maior evento popular do país. E tem outros grandes eventos, a exemplo dos ecumênicos e religiosos no mês de fevereiro, quando Campina Grande se transforma num grande retiro espiritual, além do carnaval fora de época mais antigo do país e o Festival de Inverno, que tem mais de 30 anos”, enumera Lira.

O coordenador não soube precisar o tamanho da fatia que ocupa o turismo de eventos no Produto Interno Bruto (PIB, que corresponde à soma de todas as riquezas) do município. Segundo ele, esse dado não é mensurado facilmente graças à participação ampla de grande parte da população nesse processo.

Questionado sobre os impactos do pós-São João sobre a oferta de emprego da cidade, já que, passada a festa junina, com a queda do movimento na cidade, as vendas caem, Lira defende que o emprego temporário tem suas vantagens. “A grande vantagem é que, a empresa se interessa por alguns deles [empresários temporários]”.

O financiamento do maior São João do mundo é feito pela prefeitura, pelo governo federal e pela iniciativa privada.

Da Agência Brasil

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