Celso Luiz 20 x 0 Antônio Albuquerque na disputa por vaga no Tribunal de Contas

Paulo Vicente/ALEContagem dos votos que deu vitória a Cláudia Brandão

Contagem dos votos que deu vitória a Cláudia Brandão

A deputada estadual Cláudia Brandão (PMN) foi eleita pela Assembléia Legislativa para o cargo de conselheira do Tribunal de Contas de Alagoas (TC-AL). Cláudia, esposa do ex-presidente da ALE, Celso Luiz, obteve 20 votos entre os 23 deputados que estavam presentes na sessão realizada no início da noite desta quinta-feira, 26. Três votos foram nulos.

O deputado Gilvan Barros, também do PMN, que a princípio era apontado como o nome mais cotado para ocupar o cargo deixado pelo conselheiro Roberto Torres, que se aposentou para disputar a eleição de prefeito em Água Branca, praticamente desistiu de disputar a vaga, facilitando assim a vitória de Cláudia Brandão. Com a eleição de Cláudia Brandão, o suplente Temóteo Correa (DEM), que atualmente exerce o mandato, ganha a vaga em definitivo e abre vaga para o suplente Fernando Gaia (PMN) assumir o mandato.

A eleição de Cláudia Brandão, que será a segunda mulher a integrar a corte de contas do Estado, significa uma vitória do grupo do ex-deputado e ex-presidente da ALE, Celso Luiz, sobre o presidente afastado da Casa Tavares Bastos, Antônio Albuquerque (sem partido), que apoiava a candidatura do deputado Gilvan Barros. Dos 23 votos computados, 20 foram para a mulher de Celso, enquanto três foram nulos.

Acredita-se que dois dos votos nulos foram dos deputados estaduais Judson Cabral e Paulão, ambos do PT. O deputado Rui Palmeira (PR) não compareceu à votação por estar em licença médica por 14 dias. Durante o processo de votação, correu a informação de que o deputado Gilvan Barros, um dos candidatos no processo eleitoral, retiraria a candidatura.

“Não retirei o meu nome da disputa, mas terei zero voto”, anunciou Barros em conversas informais com a imprensa. “O processo é muito difícil”, completou o parlamentar.

Críticas

Após o processo de eleição, o deputado Paulão fez uso da tribuna para criticar a forma como é feita a eleição para a composição da Corte de Contas. O petista considerou o processo “necrosado e arcaico”.

“É necessário fazer uma avaliação mais aprofundada nesse processo de escolha. Porque o modelo existente deixa um vácuo profundo e o grande responsável por isso é o Congresso Nacional, são os deputados federais e os senadores que não têm interesse de mudar esse processo”, declarou o parlamentar, ressaltando que o processo de escolha para as vagas de conselheiros nos tribunais de contas de todo o país é o mesmo.

Com isso, o petista disse que não estava desmerecendo as qualidades da deputada eleita para assumir a vaga do conselheiro Roberto Vilar Torres. “Respeito o voto democrático. Mas a gente tem que fazer essa reflexão”, completou Paulão.

Além de Cláudia Brandão e Gilvan Barros, a vaga de Roberto Torres no TC foi disputada pelo advogado Richard Manso, o presidente estadual do PTdoB, Marco Toledo, o empresário Alberto Cabús e os técnicos do TC, Dário César Barbosa e Cristiano Martins de Almeida. Nenhum deles foi votado.

Agora o resultado da sessão da ALE será comunicada ao governador Teotonio Vilela Filho, que terá um prazo de até 30 dias para nomear Cláudia Brandão para o cargo de conselheira do TC.

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