Oficina era utilizada como fachada de desmanche

O delegado titular de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), Alcides Andrade, dá início, agora, a uma nova fase da investigação, após a prisão em flagrante do comerciante José Elson dos Santos Freitas, de 41 anos, por receptação de produto roubado.

De acordo com Andrade, o trabalho se concentrará nos parceiros comerciais de José Elson, que podem levar a polícia a desbaratar novos integrantes da quadrilha. Segundo os primeiros levantamentos, o bando agia tranqüilamente no local do desmanche. “Por trabalhar como se fosse uma oficina a rotatividade de veículos não chamou a atenção dos moradores”, avalia um agente.

O comerciante utilizaria um outro negócio, conhecido como Oficina do Primo, localizada na Rua Cabo Reis, para dar vazão aos produtos roubados. Após ser preso em flagrante, José Elson foi alvo de vários questionamentos, mas em nenhum momento se dispôs a falar com ninguém. Ele só falou que podia comprovar que havia comprado as peças em São Paulo, informação contestada pela Polícia Civil.

Peritos que estiveram no local afirmaram que pelo menos 25 veículos foram desmanchados na casa e subdivididos em peças que seriam comercializadas no mercado negro. No pátio da residência de José Elson, mais três carros estavam prontos para serem desmembrados: um Corsa, um Peugeot e um Ford kA, todos com queixa de furto.

Entre as peças que foram facilmente identificadas, o motor de uma caminhonete S10 de placa MVE 5558/AL, que foi furtada no último dia 12 de junho, no Conjunto Divaldo Suruagy. Segundo informações fornecidas pelos policiais, o veículo pertenceria a Gerson Clayton da Silva.

Enquanto policiais, peritos e imprensa observavam as instalações do desmanche, a mulher e o filho de José Elson, cujas identidades não foram reveladas, permaneciam dentro da casa. O acusado também não quis informar há quanto tempo residia no local.

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