Caso Isabella: avô diz que vai preparar dossiê

Teve início, às 13h20, o segundo dia de depoimentos das testemunhas de defesa do casal Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni, acusados pela morte de Isabella Nardoni. O pai de Nardoni voltou a fazer acusações sobre o que considera falta de isenção da parte da polícia na condução das investigações do caso. Ele afirmou que pretende elaborar um dossiê sobre todas as irregularidades que afirma ter encontrado.

"O objetivo é mostrar à população que a polícia mudou versões e não mostrou coerência", diz o avô de Isabella. Ele afirmou pretender levar à imprensa suas conclusões e disse preferir "mostrar ao vivo", pois diz temer a edição das reportagens sobre o caso.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública afirmou que a polícia sempre tratou os acusados e seus familiares com todo o respeito e não deseja comentar as acusações.

Neste segundo dia, o juiz Maurício Fossen ouvirá pessoas que defenderão Alexandre Nardoni no Fórum de Santana, zona norte de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, serão ouvidas nesta tarde 13 testemunhas. O primeiro foi o policial militar Valter Santos da Silva.

O PM afirmou que todos os apartamentos nos quais havia alguém foram averiguados na noite do crime. Nos apartamentos em que não havia ninguém, eles procuraram as chaves, mas Silva disse não poder divulgar se foram vistoriados ou não.

Já o porteiro do prédio onde moram os pais da madrasta da menina Damião da Silva Santos afirmou que nunca presenciou discussões entre Alexandre e Anna Carolina. O porteiro trabalha há 12 anos no edifício.

Isabella Nardoni, 5 anos, foi encontrada ferida no dia 29 de março no jardim do prédio onde moram o pai Alexandre Nardoni e a madrasta Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo. Segundo os Bombeiros, a menina chegou a ser socorrida e levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h. O inquérito policial apontou que ela foi agredida, asfixiada e jogada do sexto andar do edifício.

No dia 18 de abril, Alexandre e Anna Carolina foram indiciados por homicídio doloso, triplamente qualificado. No dia 6 de maio, o promotor Francisco Cembranelli denunciou e pediu a prisão preventiva do casal, aceita pela Justiça. Alexandre está preso na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado (P-2), em Tremembé (SP), e Anna Carolina, na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, também em Tremembé.

Fonte: Terra

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