A Secretaria de Estado da Saúde realiza, no período de 9 de agosto a 12 de setembro, a Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola que tem como meta imunizar homens e mulheres na faixa etária de 20 a 39 anos, representando mais de 1 milhão de pessoas que residem em Alagoas.
A Campanha visa alertar a população sobre os riscos da transmissão da rubéola a mulheres grávidas suscetíveis, acarretando na Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) nos seus filhos, considerada a forma mais severa da doença porque pode provocar abortos e graves anomalias na criança, como cegueira, surdez, problemas cardíacos, neurológicos, retardo mental, diabetes e autismo.
De acordo com Arlete Rodrigues, gerente do Programa Estadual de Imunização, esta é a primeira vez que o Ministério da Saúde promove uma campanha de imunização desse porte, tendo estratégias específicas para o público masculino.
“No ano passado foram registrados 43 casos de rubéola em Alagoas e este ano já temos cinco. A vacinação é a medida de controle mais eficaz porque permite a interrupção da transmissão endêmica do vírus. Todos os homens e mulheres dos grupos de idade identificados com maior nível de suscetibilidade, ou seja, dos 20 aos 39 anos, devem procurar um posto de vacinação a partir do dia 9 de agosto e se vacinar”, reforça. Ela lembra que mulheres grávidas não devem tomar a vacina, somente após o parto.
Para sensibilizar a população a vacinar-se, a Campanha será amplamente divulgada por meio de comerciais em TV, spot de rádio, anúncios de jornal, outdoor, cartazes e panfletos. Cerca de 3 mil profissionais, entre coordenadores, supervisores, registradores e vacinadores irão trabalhar durante o período. A vacinação será indiscriminada, ou seja, todos serão vacinados, independente de ter tomado a vacina anteriormente ou de ter tido a doença.
Surtos
Segundo dados do Ministério da Saúde, antes da introdução da vacina na rede de serviços de saúde, ocorriam surtos constantes de rubéola, a cada 3 a 6 anos. Com a implantação da vacina na infância, a circulação do vírus foi reduzida.
No Brasil, esta redução ficou mais visível com a vacinação de mulheres realizada a partir de 2001, no entanto, não conseguiu interromper a circulação do vírus. Em conseqüência, foram registrados surtos em 2006 que se estenderam até 2007. Foram mais de 8.407 casos, sendo 161 em mulheres grávidas, resultando em 20 casos de crianças com a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC).
A necessidade da vacinação de homens e mulheres ficou evidenciada a partir da análise da situação epidemiológica e da realização de estudo para estimar a população ainda não vacinada, suscetível à doença.
Transmissão – A rubéola é uma doença aguda causada por um vírus que apresenta alta contagiosidade e transmissibilidade (dispersão / disseminação). Em sua forma adquirida é relativamente benigna, tornando-se grave quando a infecção ocorre durante a gravidez.
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por via respiratória. O indivíduo doente, ao respirar, lança no ambiente os vírus existentes nas secreções nasais e garganta, que são aspirados por outras pessoas.
Quando a pessoa é suscetível (não foi vacinada ou não teve a doença e por isto não está protegida, não tem anticorpos) e aspira os vírus vindos do doente, ela é infectada e pode apresentar ou não os sintomas após o período de incubação, que pode durar cerca de 20 dias.
Quando os sintomas estão presentes são parecidos com os da gripe: febre, exantemas (manchas vermelhas pelo corpo), aparecimento de gânglios (ínguas) no pescoço e na nuca, dor de cabeça, dor ao engolir, dores no corpo (articulações e músculos) e coriza.