Advogado de deputado acredita que habeas corpus será concedido o mais rápido possível

O advogado Welton Roberto, que defende o deputado estadual afastado Cícero Ferro (PMN), acredita que os parlamentares presos na Operação Ressugere, desencadeada na manhã de ontem, acredita que deve conseguir o habeas corpus de seu cliente com facilidade. De acordo com Welton Roberto, não há “consistência jurídica” nas prisões dos deputados estaduais afastados.

A operação conjunta entre Polícia Civil de Alagoas e Polícia Federal prendeu três deputados estaduais afastados – Cícero Ferro, Antônio Albuquerque (sem partido) e João Beltrão – por crimes de pistolagem. De acordo com o secretário Paulo Rubim, são assassinatos antigos cujas investigações não andaram a contento na época dos crimes.

Este é também o motivo do nome da operação, que significa “ressureição”, referência ao retorno dos casos. Albuquerque, Ferro e Beltrão respondem ainda por desvio de dinheiro. Eles foram indiciados pelo inquérito da Operação Taturana, desencadeada em dezembro do ano passado.

Ainda segundo Welton Roberto, a Polícia Civil de Alagoas errou ao prender os deputados. “Um dos argumentos é a formação de quadrilha. No caso do meu cliente (Cícero Ferro) apenas ele é apontado. Existe quadrilha com apenas uma pessoa?”, indaga o advogado.

“Esta prisão temporária vai ser rechaçada”, complementou ainda o advogado Welton Roberto. “É mais correto seguir a ordem constitucional e fundamentar a prisão. Não há fundamentos na prisão e não pode ser utilizada como estratégia de investigação neste caso”, salientou.

Welton Roberto coloca ainda que “as pessoas precisam ser presas quando for necessário quebrar a sua liberdade. Fora isto não podem ser presas. Podem ser investigadas, mas não podem ser presas. A não ser quando houver decisão transitada em julgada”.

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