O Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas negou o habeas corpus dos deputados estaduais afastados da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas que se encontram presos por suposto envolvimento em crimes de pistolagem. Antônio Albuquerque (sem partido), Cícero Ferro (PMN) e João Beltrão (PMN) foram detidos por conta da Operação Ressugere, desencadeada na sexta-feira, dia 11.
Antônio Albuquerque e Ferro foram presos durante a operação. Já o deputado João Beltrão chegou a ser considerado foragido, mas se entregou na sede da Polícia Federal na madrugada do sábado, dia 14. Os deputados estaduais, que se encontram afastados por suposto envolvimento em desvio de verbas, são apontas agora como autores intelectuais de homicídios.
Beltrão e Albuquerque podem ter envolvimento na morte do cabo da Polícia Militar, Gonçalves. Já Cícero Ferro é apontado como mentor da morte e do primo adversário político. Os parlamentares se encontram na Academia da Polícia Militar. O pedido de habeas corpus foi impetrado pelos advogados de defesa durante o fim de semana e a decisão foi tomada agora pela manhã.
O pedido foi negado pelo próprio presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, José Fernandes Holanda Ferreira. De acordo com o advogado de defesa do deputado estadual Cícero Ferro, Welton Roberto, a decisão já era esperada. “Eu já havia cantado isto. Os juízes não decretariam a prisão se estivessem de acordo com o presidente do TJ”, salientou o advogado.
Welton Roberto que alegou ainda “aberração jurídica” na prisão dos deputados estaduais, por conta da falta de provas – segundo ele –, disse que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça ainda hoje para tentar libertar seu cliente. Segundo Welton Roberto a prisão é incabível e não pode ser utilizada de forma leviana. O Alagoas 24 Horas entrou em contato com advogado por telefone.