Alguns candidatos inseridos na lista divulgada pela Associação Alagoana de
Magistrados (Almagis) estão procurando a entidade para a retirada de seus
nomes da relação. Muitos estão se aproveitado do equívoco cometido pelo
cartório de distribuição do Fórum e pelo partido do delegado João Mendes
para questionar a legitimidade da lista junto aos veículos de comunicação
do Estado.
No caso de João Mendes, candidato a vereador, tanto a Distribuição do
Fórum quanto o partido dele não conferiram as informações inclusas na
certidão expedida. Assim, um homônimo do candidato que dispunha de
antecedentes criminais foi confundido com o delegado.
O candidato a vereador de Maceió, Mário Renan Evangelista dos Santos, foi
um dos que visitaram a Associação nesta manhã. Além dele, mais quatro
pediram alteração na lista. Ele responde a processo na 4ª vara criminal,
mas argumenta que seu caso é diferenciado.
Mário Evangelista relatou que em 1998 vendeu um veículo a um cliente, que posteriormente foi denunciá-lo na Delegacia de Roubos e Furtos por adulteração no chassi. O candidato afirma que em nenhum momento foi citado pelo juiz, e nem sabia da existência do processo apesar da informação ter sido publicada no Diário Oficial do Estado e estar disponível no site do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).
Ao ouvir a explicação, o presidente da Almagis, juiz Maurílio da Silva
Ferraz, orientou o candidato a procurar a 4ª Vara Criminal no sentido de
obter uma certidão que comprove sua inocência, já que o processo ao invés
de estar numa vara de consumo foi parar num juízo criminal (processo nº.
001.01.013406-0). “A entidade está apenas intermediando a divulgação de
uma informação que já é pública. Os partidos são co-responsáveis por essa
situação, pois deveriam ter conferido a certidão dos candidatos logo que
foi expedida”, criticou.
