Por decisão da justiça, invasores continuam no PAR

Danielle SilvaCel. Robson Gomes falou sobre manutenção do policiamento no local

Cel. Robson Gomes falou sobre manutenção do policiamento no local

As famílias que ocupam, há cerca de 10 dias os apartamentos dos residenciais Iracema e Janaína, do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), na Serraria, comemoram no final da tarde desta sexta-feira, 25, a notícia de que o desembargador Marcelo Navarro, do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, suspendeu a liminar do juiz federal substituto da 1ª Vara, Gustavo Moulin Ribeiro, que determinava a saída dos invasores até às 17h de hoje.

Thales Azevedo, o advogado de defesa das cerca de 440 famílias que ingressaram na justiça contra a decisão de Moulin, está na estrada voltando de Recife a caminho de Maceió, aonde irá se encontrar com as famílias no residencial do PAR.

Na sede da Justiça Federal, o Cel. Robson Gomes, do Centro de Gerenciamento de Crises da PM, disse em entrevista coletiva que a decisão do desembargador atrapalha o trabalho do Gerenciamento de Crises, que já estava em avançada negociação com os invasores.

"Desde que começamos o trabalho de reintegração de posse, o residencial Maíra foi totalmente desocupado e já estávamos negociando com as cerca de 360 famílias que ainda ocupam os outros dois residenciais", frisou o Cel.

Ele garantiu que o policiamento da PM continuará ostensivo para garantir a ordem e evitar que quem já saiu do residencial queira voltar. Os policiais do Bope também permanecem realizando revistas nos veículos e impedindo a entrada de mobílias no condomínio.

Cadastrados

“Estamos cientes que a CEF irá recorrer, mas a decisão de hoje é uma vitória. Há uma lista nas portarias com os nomes das pessoas cadastradas – famílias que entraram com recurso na Justiça – e só elas poderão entrar. Quem saiu não pode voltar. Se abandonou é porque não precisa”, afirmou Cleristone Francisco, um dos representantes dos invasores.

Com a decisão do desembargador as famílias permanecem no local até que sejam analisados os documentos que serão enviados pela Justiça Federal e Navarro decida se elas saem definitivamente ou não. A decisão final deve acontecer a partir da próxima segunda-feira.

(Atualizada às 18h15)

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