O promotor de justiça Alfredo Gaspar de Mendonça foi ouvido na tarde desta segunda-feira, 28, na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas pelo delegado Daniel Granjeiro.
O promotor chegou ao local acompanhado pelos juízes integrantes da 17ª Vara Criminal da Capital e por representantes do Ministério Público Estadual, para formalizar o pedido de apoio para que seja esclarecida a tentativa de seqüestro sofrida pelo seu filho, um adolescente de 14 anos, na semana passada, na porta de um colégio da capital.
“Estamos fazendo levantamentos preliminares, já fomos à escola e vamos cruzar as informações que temos para enviá-las a Secretaria de Defesa Social”, disse o superintendente interino da PF, delegado José Sagrado da Hora, frisando que a PF está apenas dando suporte a Polícia Civil.
Perguntado se já havia suspeitos no caso, o superintendente afirmou: “Estamos trabalhando com três nomes de pessoas que seriam desafetos do promotor, porque não acreditamos que o seqüestro seria por razões de dinheiro, e sim em razão do trabalho dele”.
O caso
A diretora da escola onde o filho do promotor estuda recebeu o telefonema de uma senhora, informando que o motorista da avó iria buscar o adolescente e que este deveria ser liberado mais cedo. Ao chegar à porta de saída, o jovem percebeu que havia algo estranho e telefonou para o pai.
“Sinto-me ameaçado como pai de família e espero o retorno do Estado. Isso é uma ameaça para toda a justiça”, disse o promotor, deixando claro que não tem dúvidas de que a tentativa de seqüestro tenha sido motivada por seu trabalho.
Acompanharam o promotor na ida à PF, os juízes Antônio Dória, Rodolfo Gatto, José Braga Neto, Maurício Brêda e os representantes do Ministério Público Estadual Eduardo Tavares – que é presidente da Associação do Ministério Público- Ampal -, Flávio Costa, Afrânio Queiroz e Edelzito Andrade.