Pequim – O judoca português Pedro Dias, que derrotou o brasileiro João Derly ontem no torneio olímpico da categoria meio-leve, disse em entrevista a jornais portugueses que "humilhou" o rival e que o bicampeão mundial teria saído com a ex-namorada dele quando eram "amigos".
As declarações de Dias foram publicadas por A Bola e Jornal de Notícias. O português perdeu na sequência do torneio e não chegou a disputar medalha. "É bicampeão mundial, era apontado por toda a gente como favorito e eu não ganhei, apenas. Derly foi humilhado no tapete, humilhado por mim", disse Dias.
"Tinha contas a ajustar com ele. Já fomos grandes amigos, agora somos apenas conhecidos. Aqui só o cumprimentei em respeito ao judô brasileiro. Uma vez, em São Paulo, fui às compras com a mãe dele e mais tarde vim a saber que, enquanto isso, ele estava com a minha namorada. Me traiu", acusou o português. "Pois é, o Derly gosta de passar a imagem de atleta de Cristo, mas depois…".
Dias explicou que após a vitória fez um desenho de um coração com as mãos porque havia prometido o ato para a nova namorada, também brasileira, que mora em Portugal. "Prometi que faria aquele gesto depois de ganhar do Derly. Está a ver como eu sempre acreditei tanto".
No jornal A Bola, a manchete da reportagem sobre a campanha de Pedro Dias em Pequim diz: "Matar o traidor e depois morrer", em referência à vitória sobre Derly e as duas derrotas posteriores que impediram o português de ganhar uma medalha em Pequim.