Os agentes penitenciários, em greve desde a última quarta-feira, 20, se reúnem na tarde de hoje para decidir em assembléia o retorno das atividades. A suspensão da greve foi colocada como condicional para que as reivindicações da categoria sejam discutidas com o governador Teotonio Vilela Filho.
Em reunião nesta quinta-feira, 21, com o secretário de Gestão Pública, Guilherme Lima, e com o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, os agentes penitenciários conseguiram mais uma vez a garantia de que receberão o adicional noturno e que os agentes prestadores de serviço teriam seus salários reajustados de R$ 475 para R$ 700.
Para a categoria, as promessas de Governo já não surtem mais efeito, uma vez que em outras oportunidades o próprio Téo Vilela voltou atrás no reajuste da categoria. Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Jarbas de Souza, na reunião de ontem os secretários deram a garantia em dois pontos, mas pediram a suspensão da greve para continuar a discutir.
“Vamos levar a proposta para a categoria e decidir em assembléia se retorna ou não as atividades. A decisão de hoje vai ser complicada, uma vez que parte da categoria está irredutível pelo fato de ter dado voto de confiança ao Governo e nada foi feito”, destacou Jarbas.
Caso não retomem as atividades, a previsão é de tensão nas portas das unidades prisionais, pois neste sábado acontece o pernoite e domingo é o dia de visitação com maior fluxo de pessoas.
Os agentes penitenciários reivindicam a equiparação salarial com o menor piso da Defesa Social (R$ 1.800) para os concursados, o reajuste de R$ 475 para R$ 900 dos agentes prestadores de serviço, além da correção do cálculo do adicional de periculosidade.
A assembléia da categoria acontece às 16h no Sistema Penitenciário de Alagoas.