Familiares de reeducandos do sistema prisional decidiram montar acampamento na porta dos presídios, na manhã deste domingo, 24, na tentativa de convencer os agentes penitenciários – em greve desde a semana passada – a liberar a entrada de alimentos, roupas e cigarros.
Com a manutenção da greve, decidida após tentativas frustradas de negociação com o Governo do Estado, as visitas foram suspensas, bem como a escolta, realiza somente em casos de urgência médica.
Apesar da revolta dos familiares, o clima era tranqüilo na porta dos presídios e até o final da manhã não houve nenhuma confusão. A mãe de um dos reeducandos, que não quis se identificar, contou que há um evidente beneficiamento de presos, em detrimento de outros e questiona quais serão os motivos.
“Gostaríamos de saber porque alguns presos têm privilégios e outros não? É bom que os agentes lembrem que todos são presos e cometeram crimes do mesmo jeito”, frisou. Ela conta que no Baldomero Cavalcanti os reeducandos estão impedidos de sair das celas e que de cada módulo foram escolhidos dois presos para fazer a distribuição da alimentação.
“Sabemos que no Cyridião Durval, por exemplo, os reeducandos podem sair das celas e usam o telefone público sem restrições”, volta a criticar.