Estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Alagoas realizam uma manifestação nas ruas do Centro de Maceió em protesto contra a extinção do curso de Urbanização determinado pelo Ministério da Educação (MEC) e ainda pela falta de condições estruturais da instituição de ensino.
Cerca de 200 estudantes realizaram uma caminhada pelas ruas do entorno do Cefet no intuito de chamar a atenção para a causa. De acordo com os alunos, a decisão do MEC invalida do diploma do curso de urbanização sob a justificativa de que fere outras profissões, como a arquitetura. Em reunião com representantes do ministério, os alunos alegam que foram orientados a migrar para outros cursos.
“Mais de 200 alunos estão sendo prejudicados com a decisão do MEC. Queremos que o curso não seja extinto e sensibilizar tanto o ministério quanto a direção do Cefet sobre o assunto. A direção do Cefet foi apática e não se posicionou sobre o assunto. Cobramos uma postura mais eficaz da direção”, explicou um dos coordenadores do movimento, André Luiz Santos.
Os alunos receiam ainda de que a extinção de cursos atinja outros cursos da área de construção civil. De acordo com a assessoria de comunicação do Cefet, o curso de urbanização foi criado em 2001 quando ainda não existia o Catálogo Nacional que regulamenta os cursos na área de construção civil e que a extinção foi determinada pela Justiça, após uma ação do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA).
A assessoria informou ainda que nenhum dos alunos que cursam ou que têm o diploma serão prejudicados com a decisão, pois há um acordo entre as partes envolvidas que garante a conclusão para quem está cursando e o ingresso no mercado de trabalho, apenas não haverá mais abertura de vagas para o curso. Quanto a extinção de demais cursos na área de construção civil, a assessoria disse que não há nenhuma determinação neste sentido e que apenas o CREA pode responder sobre o assunto.
Além da extinção do curso, os alunos reclamam ainda da falta de estrutura do Centro Tecnológico. Segundo os manifestantes, os cursos funcionam de forma precária. Entre as denúncias de má administração, está ainda a falta de alimentação no refeitório do Cefet. A assessoria de comunicação da instituição não quis se pronunciar sobre o assunto alegando que os responsáveis pela direção de ensino não se encontravam e que devem avaliar caso a caso antes de responder.