Em uma operação que envolveu policiais civis e Força Nacional – intitulada Operação Águia -, quatro agentes penitenciários do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) e o comandante do grupamento, subtenente Salomão, foram presos acusados de participar de um grupo de extermínio que agia na parte alta da cidade.
Segundo as investigações, o subtenente da PM seria o comandante do grupo envolvido em crimes de assalto e assassinatos na região do Tabuleiro do Martins. Quatro delegados da Polícia Civil investigam o caso: Rebeca Cordeiro, Leonardo Assunção, Fabiana Leão e Luci Mônica.
De acordo com a delegada Rebeca Cordeiro, uma carta anônima enviada ao 8° Distrito Policial teria dado início à investigação. Os agentes tiveram a prisão decretada após o assassinato de um menor de 17 anos, no mês passado, em terreno do sistema prisional.
Em depoimento, um dos agentes afirmou que Daniel Lopes Chaves e José Ivanês Bezerra da Silva teriam assassinado o menor, após uma suspeita de que ele estaria furtando de uma construção, onde alguns agentes penitenciários trabalhavam como segurança.
Daniel, Ivanês e uma pessoa identificada como Roberto Alves teriam abordado o menor na construção e informaram que o levaria para a delegacia. No caminho, Daniel e Ivanês pararam o veículo Celta azul de placa MVI-2998 nas imediações do Presídio Baldomero Cavalcanti e executado o adolescente com tiros de pistola. Após o assassinato, os agentes foram flagrados em atitude suspeita na região por uma guarnição da Força Nacional.
O proprietário do veículo utilizado para executar é o agente penitenciário Abimael Clemente de Oliveira, que havia emprestado o Celta para que os companheiros pudessem realizar os trabalhos de segurança particular e estabelecimento.
Três armas foram apreendidas durante a operação, entre elas uma pistola calibre 380 de propriedade de Ivanês. A suspeita é de que essa seria a arma utilizada para assassinar o menor.
O subtenente Salomão Ferreira dos Santos vai ficar detido no Quartel Geral da Polícia Militar e deve depor amanhã no 8° Distrito Policial. Os agentes Daniel e Ivanês vão ficar presos na base do grupamento.