Os agentes penitenciários realizam, neste sábado, 13, às 9h, uma nova assembléia geral para discutir as propostas do Governo do Estado apresentadas, nesta manhã, pelo Secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, em entrevista coletiva.
Durante o encontro, que acontecerá no Centro Psiquiátrico Judiciário (CPJ), os agentes irão debater a possível entrada da Polícia Militar para garantir a segurança dos presídios, caso a categoria opte em permanecer em greve, além de decidir se aceita o reajuste de 9,11% garantido pelo Governador Teotônio Vilela.
“Tudo será levado à categoria amanhã. A assembléia estava prevista para acontecer hoje, mas devido à falta de quórum para a votação decidimos transferi-la para amanhã. Sobre a entrada dos PMs, foi acordado, durante uma conversa com o Rubim, que dependerá do que for decidido em assembléia”, disse Marcelo Avelino, diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen).
Denúncias
Em dez dias de greve no Sistema Prisional, os reeducandos denunciam que estão passando fome e os doentes não recebem atendimento médico. Embora os presos se mostrem solidários aos agentes, eles pedem que a categoria tenha bom senso para retomar as atividades, permitindo assim, a visita e o pernoite.
"Ninguém dentro do presídio quer fazer rebelião apenas pedimos que os agentes se sensibilizem com a causa. A greve é um direito deles, contanto que não obstruam o direito do próximo. Estamos passando fome e a comida é de má qualidade. Não queremos ‘quebrar’ a cadeia, se quiséssemos faríamos. Pedimos apenas a garantia das visitas e pernoite. Esperamos que na assembléia, eles entrem em consenso e não deixem que o sistema se transforme em um mar de sangue. Nossa família também está brigando por eles”, desabafou um reeducando, em contato com uma emissora de rádio.
O diretor do Sindapen, Marcelo Avelino, disse que as denúncias teriam sido encaminhadas à direção do Sistema Prisional. “Fiquei surpreso quando soube que os reeducandos estavam passando fome, então encaminhamos imediatamente as denúncias à direção para que o fato seja apurado. Os reeducandos estão dando um exemplo de apoio à categoria. E sabemos que os presídios estão tranqüilos porque os reeducandos estão sendo solidários conosco”, finalizou.