Galo vence de virada

O Atlético Mineiro obteve uma importante vitória sobre o Náutico por 2 a 1, neste sábado, no Mineirão. Não que o clube tenha alterado a posição na tabela do Brasileirão. Continua em 12º lugar. Só que, agora, com 33 pontos ganhos, abriu frente de quatro sobre o Timbu, que é justamente o 13º lugar, com 29, se afastou mais da zona de rebaixamento e diminuiu o mal-estar durante a semana que deixou a torcida tensa.

A vitória surgiu num momento de estrela do técnico Marcelo de Oliveira, que pôs de uma vez só os dois jogadores – Petkovic e Castillo – que participaram do segundo gol, marcado pelo zagueiro Vinicius – o outro foi de Renan Oliveira, ainda no primeiro tempo, depois que Ruy abriu o placar para o Náutico.

Na próxima rodada, o Galo, também no Mineirão, enfrenta o Figueirense, no próximo sábado, e o Timbu, no domingo, recebe o Palmeiras.

Timbu surpreende

A partida teve um primeiro tempo interessante e surpreendente, com várias mudanças que justificaram o empate de 1 a 1. Na tentativa de chamar logo o apoio da torcida presente no Mineirão – quase 15 mil pagantes -, o Galo procurava as jogadas velozes para sair na frente do Náutico. Aos 5, Márcio Araújo, fazendo a ligação com o ataque, foi à linha de fundo e centrou com perigo, mas ninguém na área alcançou. Dois minutos depois, Marques deu um belo toque de calcanhar para Lenílson, que no entanto isolou.

O Timbu deu a senha de que exploraria os contra-ataques quando, aos 8, Kuki, lançado pela direita, arrancou livre para marcar, mas Edson apareceu bem e tocou para escanteio.

Depois do susto, o Atlético, com o meio-campo tocando rápido, criou mais uma boa chance quando Marques bateu com perigo de fora da área aos 10. Dessa vez, foi o goleiro Eduardo que apareceu bem.

Os times buscavam a velocidade, cada um à sua maneira. O Galo explorava as infiltrações pelas laterais. O Náutico procurava aproveitar as falhas de marcação da defesa atleticana e depositava as fichas em Kuki, que aos 17 minutos armou um contra-ataque ao lançar uma bola pela esquerda que resultou em gol. Alessandro recebeu e centrou. Edson saiu para dividir no alto com Clodoaldo e largou a bola nos pés de Ruy, que aproveitou a falha do goleiro para tocar livre para as redes: 1 a 0.

Galo empata

Foi um duro golpe para o Galo, que perdeu o ritmo inicial e ainda assistiu na maior parte da primeira etapa a um Náutico vibrante e inteligente. O time visitante procurava aproveitar os buracos deixados pela lenta zaga alvinegra. Os alas tinham importância fundamental. Aos 29, Ruy, pelo meio, lançou Clodoaldo, que levou vantagem sobre a zaga, mas perdeu a dividida para o goleiro Edson.

Aos 37, um lance resumia bem o quadro que se instalava. Lenílson tocou para trás bola fraca para Mariano, que errou a jogada pela direita. Alessandro tomou-a, arrancou pela esquerda em velocidade e centrou para Clodoaldo, que na cara do gol tocou por cima. Ou seja: o Atlético, sem criatividade no meio-campo e errando muito na defesa, dava a um Náutico veloz espaços e a chance de ampliar.

Só que uma chance perdida mostra: o futebol muda a cada minuto. E quando a torcida alvinegra estava mais desanimada, Renan Oliveira fez o que o time não conseguia mais: com ousadia, arrancou em velocidade pelo meio, invadiu a área e tocou no canto, à direita, sem defesa para Eduardo, aos 42: 1 a 1. O empate no primeiro tempo acabou fazendo justiça pelo que fizeram as duas equipes.

A virada

Roberto Fernandes mexeu no Náutico para o segundo tempo: trocou o volante Ticão, que já tinha cartão amarelo, por Alceu – que acabou sendo advertido também aos 11. E apesar da falta de criatividade do meio-campo, o Galo foi quem esteve primeiro mais perto do desempate: aos 13, Marques centrou com perfeição e Márcio Araújo tocou por cima de Eduardo, para fora.

Aos 16, o técnico Marcelo Oliveira resolveu arriscar ao trocar dois do Galo de uma vez. pôs Petkovic e Castillo nos lugares de Lenílson e Renan Oliveira. Deu certo: aos 21, Pet cobrou uma falta na área, Castillo cabeceou no travessão e, no rebote, o zagueiro Vinícius, também de cabeça, desempatou para o Galo.

Mais lento do meio-campo para o ataque, o Náutico já não chegava à frente com ímpeto. O técnico Roberto Fernandes mexeu novamente: trocou Valdeir por William. A partida ficou lenta. Com Petkovic no meio, o Galo cadenciou o jogo – o que já o interessava para garantir o resultado. Mas a defesa ainda cochilava. Aos 34, em jogada pela direita, os dois zagueiros se confundiram. A bola sobrou para Felipe, que tocou na área para a jogada de Derlei, que só não empatou porque Edson saiu bem do gol e salvou.

O técnico Marcelo Oliveira fez a última mexida no Atlético: tirou Marques, cansado, e botou Gedeon. O Náutico saiu mais para buscar o empate. Mas não conseguiu.

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