A Polícia Militar de Alagoas conta com mais um aliado para combater o crime no Estado. O cão da raça Labrador voltou para o canil do Batalhão de Operações Especiais da PM de Alagoas após finalizar o Curso de Guia de Cães Farejadores de Drogas, na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
"Zulu", assim como é chamado pelos policiais, foi o único cão da PM alagoana a participar do curso que durou entre o período de 11 de agosto a 18 de setembro e contou com outros cães policiais de 21 Estados do Brasil. "O treinamento ensina o cão a encontrar cocaína e maconha brincando em qualquer ambiente", explicou o sargento Osmar Lyra, do canil do BOPE. Ele será um dos multiplicadores da técnica para outros policiais militares adestradores.
Ainda, de acordo com o sargento da PM, o curso desenvolveu um novo método de identificação de entorpecentes. "O cão vai direto na droga e evita danos materiais de objetos das pessoas revistadas", disse ao relatar casos em que o animal sente o cheiro de algum entorpecente e arranha a pintura de carros, mas nada encontra por se tratar de vestígios do uso da droga dentro do veículo e não de drogas usadas para o tráfico .
O Canil do BOPE participa de ações conjuntas com a Polícia Federal na busca por entorpecentes no setor de distribuição de entrega de encomendas dos Correios, Porto de Maceió, Aeroporto Zumbi dos Palmares e regiões ribeirinhas de rios onde também ocorre o transporte de drogas. No ano passado, dois cães do Canil do BOPE atuaram nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro.
Ao todo, o Canil do BOPE possui cinco cães farejadores, sendo quatro Labradores e um Pastor Alemão. A explicação pela opção do cão Labrador é a quantidade de células olfativas. Enquanto um Pastor Alemão têm cerca de 200 mil células, o Labrador possui 250 mil.