A atuação de um suposto grupo de extermínio formado por agentes penitenciários, que seria comandado pelo subtenente Salomão Ferreira dos Santos, está sendo investigada em pelos menos quatro inquéritos da Polícia Civil. A investigação sobre a atuação do grupo foi deflagrada por uma carta anônima e resultou na Operação Águia.
Já estavam presos desde o mês passado os agentes Daniel Lopes Chaves, José Ivanês Bezerra da Silva e Salomão Ferreira dos Santos, que tiveram a prisão temporária convertida em preventiva pelos juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, a pedido do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gecoc).
De acordo com as primeiras investigações, Daniel Chaves e José Ivanês são acusados do assassinato do adolescente Almir Oliveira Lima, de 17 anos, crime ocorrido em agosto deste ano. Os agentes teriam sido descobertos por integrantes da Força Nacional. O menor teria sido executado, segundo laudo do IC, com um tiro na cabeça e outro no pescoço, à queima-roupa. Almir Lima foi morto por furtar materiais de construção de um depósito.
Além dos agentes que já estavam detidos, a justiça determinou hoje a preventiva de Abimael Clemente de Oliveira e Sirlande Nicandro, que também são acusados de participar do grupo de extermínio. Após prestar depoimento, os acusados serão encaminhados para a Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (DRN), onde os demais estão detidos.
Quatro delegados da Polícia Civil investigam o caso: Rebeca Cordeiro, Leonardo Assunção, Fabiana Leão e Luci Mônica. Rebeca Cordeiro, que é titular do 8º Distrito Policial, disse que a Polícia Civil deverá integrar os inquéritos para chegar a todos os integrantes do grupo de extermínio e aos crimes.