O prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, reeleito com mais de 91% dos votos, concedeu entrevista na manhã desta quarta-feira, 8, à Rádio Gazeta e disse que seu nome não será colocado à disposição para a disputa eleitoral em 2010, quando serão eleitos governador, deputados federais, estaduais e senadores.
Numa alusão ao prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), que um dia após a reeleição disse que poderia disponibilizar seu nome na corrida para o Governo do Estado, Luciano Barbosa disse que respeita a decisão de Almeida, mas que “está focado na administração de Arapiraca". “Como posso em um ano e meio de governo (quando terá início a corrida eleitoral) mudar de postura e dizer a todos que votaram em mim que deixarei a Prefeitura de Arapiraca para disputar o governo do Estado?”, questionou.
O prefeito disse, ainda, que sua vitória expressiva foi construída desde o primeiro dia do seu primeiro mandato e a votação é o reconhecimento da população dos serviços prestados. Perguntado se haveria uma acomodação neste segundo mandato, Luciano Barbosa disse que não poderia falar pelos outros, mas assegurou que seu segundo mandato será melhor que o anterior, uma vez que vários projetos iniciados há quatro anos terão sua conclusão neste período, como o metrô de superfície e a ciclovia, além da exploração da reserva de mais de 160 mil toneladas de metais, cuja jazida deverá ser explorada por uma subsidiária canadenese Vale Verde. Com a exploração dos minérios – que foram descobertos em Craíbas, Igaci e Arapiraca -, a região espera obter pelos próximos 15 anos autonomia energética.
Barbosa ainda destacou as obras do Terminal Rodoviário de Arapiraca, segundo ele, ‘símbolo da incompetência administrativa’, mas cujas obras tiveram início no Governo Téo Vilela e que devem ser concluídas até o final de 2009. O terminal de transbordo é administrado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e administrado pelo Estado.
Quanto ao quadro político no Estado, Luciano Barbosa destacou o fortalecimento do PMDB no país e disse que apesar de não pretender disputar o Governo do Estado em 2010, a discussão sobre a sucessão de Vilela deverá passar, inevitavelmente, por ele, uma vez que com a votação expressiva que obteve se credenciou como principal líder político da região.