São Paulo – O presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), João Batista Rebouças, ao lado do presidente da Federação das Polícias do Brasil, Paulo Martins, e do deputado federal Paulinho da Força, adiantou que irá haver uma manifestação de greve 24 horas da Polícia Civil em todo o Brasil em repúdio ao governador José Serra e em solidariedade aos policiais paulistas. Segundo as entidades, a data da paralisação nacional será no dia 29 de outubro.
Ontem, policiais civis em greve desde 16 de setembro realizavam uma passeata quando entraram em confronto com policiais militares em São Paulo. O conflito ocorreu quando os manifestantes teriam tentado furar um bloqueio da PM em um área de segurança do Palácio dos Bandeirantes. Policiais militares chegaram a utilizar bombas de gás e efetuar tiros com balas de borracha.
"Não somos inimigos da PM, nosso inimigo chama-se José Serra. A Polícia Civil não tem mais nada a perder", disse Rebouças sobre o episódio do confronto entre policiais civis em greve e policiais militares nas proximidades do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
O governador José Serra associou o protesto a entidades sindicalistas e disse que a manifestação tem cunho "político-eleitoral". Entidades como a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) rebateram as críticas e criticaram a postura do governador. "Quem pretende ser presidente da República não pode agir dessa maneira", disse o presidente do Sipesp.
Mais cedo, o governador afirmou que o confronto ocorrido ontem não reflete um conflito entre as corporações. "Foi um conflito localizado com manifestantes e número muito limitado. (…) Uma coisa é reivindicação, o direito de protestar. Outra coisa é fazer reivindicação armada", disse. Serra afirmou que não existe intransigência do governo para negociar com os policiais.
As informações são do Terra