Voto Nulo: PF pede prorrogação da prisão de acusados

Termina neste domingo, 19, o prazo de prisão temporária de seis das sete pessoas detidas por determinação do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), cumprida pela Polícia Federal durante a Operação Voto Nulo, desencadeada na última quarta-feira, dia 15, nos municípios de Porto de Pedras, Maceió e Barra de Santo Antonio.

Estão presos na carceragem da Polícia Federal, em Maceió, Oséas Mendes de Lima Junior, Oséas Mendes de Lima, Thiago Fonseca Soares, Alisson Delfino Silva, Rogério Farias, José Wanderley Calado, além do juiz Rivoldo Sarmento, que foi levado para a Academia da Polícia Militar, no bairro do Trapiche. O delegado federal que preside o inquérito, Janderlyer Gomes, informou que irá solicitar à juíza Ana Florianda – que determinou a prisão – a prorrogação da temporária dos acusados.

Segundo Gomes, o pedido será protocolado até o meio-dia de hoje e o TRE/AL terá até a meia-noite para acatar ou indeferir a solicitação. Janderlyer Gomes informou, ainda, que o prefeito Rogério Farias deverá ser formalmente indiciado pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção eleitoral e falsificação de documentos para fins eleitorais.

Operação

Segundo o superintende em exercício da PF em Alagoas, delegado Nilton Ribeiro, a Operação Voto Nulo teve início a partir de uma denúncia anônima ao TRE, no dia das eleições, que dava conta de um grupo que estaria votando várias vezes com documentos falsos. No mesmo, dia a polícia conseguiu prender dez pessoas em uma residência com identidades e títulos falsos, muitos deles, em nomes de eleitores falecidos.

Na quarta-feira, 15, outras seis pessoas foram presas e 20 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo um deles na Prefeitura de Porto de Pedras e outro na Prefeitura da Barra de Santo Antônio.

A procuradora Niedja Kaspary confirmou que dois processos foram instaurados, um policial, presidido pelo delegado Janderlyer Gomes, e outro judicial, que corre em segredo de Justiça, que investiga a participação do juiz da comarca de Porto de Pedras, Rivoldo Sarmento.

Apreensões

Durante a operação foram apreendidas várias armas de fogo, entre elas quatro revólveres (três calibre 38 e um 22), uma escopeta, uma pistola e uma carabina. Também foram apreendidos computadores, documentos e uma caixa contendo centenas de recargas para munições.

Veja Mais

Deixe um comentário