Eloá denunciou agressões do namorado

Ana Cristina Pimentel da Silva, 42 anos, mãe de Eloá Cristina Pimentel da Silva, assassinada pelo ex-namorado Lindemberg Alves Fernandes, 22 anos, afirmou ontem que, antes do seqüestro, sua filha chegou a pedir ao pai que registrasse queixa na polícia por conta de agressões e ameaças de Lindemberg.

Segundo Ana Cristina, o pai de Eloá, Everaldo Pereira dos Santos, desistiu de fazer o boletim de ocorrência porque Lindemberg garantiu que não bateria novamente na garota. A própria mãe de Eloá ouviu a ameaça contra sua filha.

Ana Cristina afirma que Lindemberg era muito possessivo e via Eloá como se fosse uma “boneca” sua. Segundo ela, o rapaz chegou a falar em matar a adolescente. “Ele disse que, se a Eloá não fosse dele, não seria de ninguém. Ele falou para mim que mataria a minha filha e depois se suicidaria”, afirmou a mãe de Eloá.

Apesar de Lindemberg ter falado para Ana Cristina que mataria Eloá, ela manteve a esperança de que o seqüestro acabasse sem tragédia. “A polícia dizia que tudo acabaria bem. O tempo todo, Lindemberg falou que soltaria a Eloá”, conta a mãe.

O Ministério Público de Alagoas pode pedir o indiciamento de Ana Cristina. O MP afirma que a mãe de Eloá ajudou o marido, o ex-policial militar Everaldo Pereira dos Santos, a fugir da polícia e a falsificar os documentos com os quais vivia em São Paulo, com o nome falso de Aldo Pimentel da Silva.

O MP quer saber ainda se Ana teve alguma participação na morte da primeira mulher de Everaldo, que foi assassinada em Maceió. Segundo a família, ela foi morta após descobrir o caso extra-conjugal do marido com Ana Cristina, que estava grávida de Eloá. Everaldo é fugitivo da Justiça de Alagoas desde 1993, depois que foi denunciado pela morte de Ricardo Lessa, então chefe da polícia civil alagoana. Ele teria ainda participado de pelo menos mais dois homicídios e outras mortes que envolvem a atuação da “gangue fardada”, da qual ele é acusado de ser o braço armado.

Fonte: O Dia

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