O promotor Magno Alexandre Moura, da 18ª zona eleitoral, protocolou nesta quinta-feira, 6, um pedido junto ao Cartório Eleitoral da região para impedir a diplomação, em dezembro, do prefeito reeleito da Barra de São Miguel, Reginaldo Andrade e de seu vice George Raposo Neto, o ‘Lelo’.
No dia 27 de setembro, o promotor fez uma inspeção no município e comprovou a denúncia de que o candidato a reeleição estava comprando votos em troca de materiais de construção.
Na ação protocolada hoje o promotor pede a anulação dos votos recebidos pela chapa, baseado em compra de votos. Caso a Justiça Eleitoral acate o pedido do Ministério Público, a decisão não afetará o atual mandato, mas terá efeito imediato e a diplomação de Andrade não acontece. Se a representação for julgada e aceita após a diplomação, o prefeito terá o novo mandato cassado.
Em ambos os casos, os votos recebidos por Andrade – que foi reeleito com 1.575 votos (38.7%) – deixam de ser válidos e assume a prefeitura a segunda colocada, Rosinha, que teve 1.450 votos (35.6%).
Novo pedido
Na próxima segunda-feira, 10, o promotor irá protocolar um novo pedido de anulação de votos com relação ao vereador João Sampaio, reeleito em Jequiá da Praia, pelo mesmo motivo: compra de votos.
“Nosso objetivo é mostrar que os candidatos foram eleitos de forma ilícita”, disse Magno, acrescentando que também requisitou à Polícia Federal a instauração de inquérito para apurar os crimes eleitorais.
“Há candidatos a prefeitos e a vereadores que ainda estão sendo investigados por compra de votos nos municípios de Jequiá da Praia, Roteiro, São Miguel dos Campos e Barra de São Miguel”, explicou, acrescentando que, em todos esses casos, a decisão da justiça deverá sair antes da diplomação dos candidatos eleitos.
“O Ministério Público tem a missão institucional de conceder à cidadania armas para consolidação da democracia. Agimos desprovidos de paixão ou coro partidário, zelando pela lisura do pleito eleitoral”, finalizou.