Apartamento de Eloá é reaberto

Diário do Grande ABC

O apartamento da família de Eloa Cristina da Silva foi reaberto ontem, 20 dias após a invasão que terminou com a morte da garota. Acompanhados de uma tia, os irmãos de Eloa, Ronickson e Douglas limparam o local e tiveram acesso a documentos e roupas da família, retomando a posse da casa. Pouco antes, o Instituto de Criminalística realizou um ‘rescaldo” na área, coletando eventuais informações adicionais para o laudo pericial.

O apartamento foi palco do maior caso de cárcere privado do País, quando Eloa ficou 100 horas em poder do ex-namorado Lindemberg Alves. A liberação do apartamento para a família ocorreu por volta das 15h30, quando a mãe de Eloa, Ana Cristina Pimentel, chegou ao 6º Distrito Policial de Santo André. Acompanhada de uma amiga e da advogada Valéria Campos, ela conversou brevemente com o delegado Sérgio Luditza e recebeu autorização para retomar as chaves de casa.

Inicialmente, havia a expectativa de que Ana Cristina fosse até o lugar onde viveu os últimos anos ao lado da família. Bastante abalada emocionalmente, a mãe de Eloa desistiu do plano e incumbiu sua advogada de levar a autorização aos filhos. Sem falar com a imprensa, ela seguiu para a casa de uma amiga.

Nos apartamentos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) do Jardim Santo André, a polícia aguardou apenas a chegada da advogada para dar início aos trabalhos conclusivos de perícia. "Vamos fazer somente uma vistoria para ver se faltou captar algum detalhe", explicou o perito Edson Cavalcante de Barros.

Policiais civis deixaram o apartamento carregando vários sacos plásticos cerca de uma hora após entrarem no local. A partir daí, apenas uma tia e os irmãos de Eloa permaneceram no apartamento.

Com a entrega do apartamento a polícia quer agora realizar a reconstituição do crime, mas ainda não há uma data prevista para que ocorra.

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