Deputados protocolam pedido de cassação de Albuquerque

Vanessa Alencar/Alagoas24horas/ArquivoSuplentes conversam no plenário antes de protocolar requerimento

Suplentes conversam no plenário antes de protocolar requerimento

O bloco dos suplentes e o deputado estadual Zé Pedro da Aravel (PMN)protocolaram na tarde desta terça-feira, 11, o requerimento à Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado (ALE) da cassação do deputado afastado Antonio Albuquerque (Sem partido).

Para os autores do processo os motivos foram as irregularidades apontadas pelo inquérito da Operação Taturana que resultou no indiciamento de mais de 100 pessoas, além de quebra de decoro parlamentar e improbidade administrativa. Entretanto, o processo só atinge Antonio Albuquerque, pelo menos por enquanto.

De acordo com Jeferson Moraes (DEM), um dos oito suplentes que subscreveram o pedido, esse é apenas o primeiro passo. Ainda segundo Moraes, o requerimento foi protocolado, será lido em plenário e em seguida seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), já que a Casa Tavares Bastos não possui Comissão de Ética.

“A Comissão de Constituição e Justiça dará um parecer sobre o processo e o deputado Antonio Albuquerque terá um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa”, explicou Moraes.

Questionado sobre o fato de Albuquerque ser o único indiciado a sofrer o pedido de cassação, o suplente justificou como sendo uma estratégia. “É mais fácil começar com um só. Assim que o requerimento for lido, iremos pensar no próximo”, argumentou. Jeferson Moraes também não quis entrar em detalhes sobre os nomes que figuram na cabeceira da lista de deputados que estão na mira da cassação.

“O processo que mostra que cada um tem sua responsabilidade nos crimes cometidos, entretanto, entre os indiciados há os que cometeram crimes maiores que outros”, disse.

Oposição

Uma surpresa foi a atitude da oposição nesse processo. Paulão (PT), Judson Cabral (PT) e Rui Palmeira (PR) se negaram a assinar o requerimento, assim como o suplente George Clemente (PSB). Para os petistas a decisão deve acontecer em consonância com o partido.

"Não sou franco atirador. Minhas decisões tem que ser tomadas em consonância com o PT. Cassação é uma coisa muito séria, não pode ser decidida de qualquer jeito", atacou Judson Cabral.

Questionado se a atitude da oposição está ligada a uma possível punição do deputado Paulão, Jeferson Moraes preferiu não comentar.

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