Dando continuidade ao projeto “Todos os sentidos: arte e inclusão”, o Museu Théo Brandão/UFAL receberá nesta quinta-feira, 27, às 14 h, alunos da Escola de Cegos Ciro Acioly. O projeto tem a finalidade de incluir pessoas que têm algum tipo de deficiência, e por isso, ficam excluídas do acesso à cultura.
Idealizado pela educadora e diretora do Museu Théo Brandão, Leda Almeida, cujo doutorado é na área de educação, o projeto dará oportunidade para estudantes com deficiências diversas terem acesso ao museu. “A lógica de espaços museais é uma lógica que exclui, pois normalmente, em um museu, nada pode ser tocado, e para um deficiente visual, por exemplo, é preciso tocar para conhecer. Como educadora, eu entendo que esse projeto amplia a democratização da cultura”, explica Leda Almeida.
No circuito museográfico, os estudantes interagem com os objetos do museu, tocando, sentido as texturas, os volumes, as formas. Além do toque, os alunos irão conhecer o acervo do Museu através da voz interpretativa do diretor de Teatro, Homero Cavalcante, que fará uma apresentação oral teatralizada. Leda Almeida ressalta que para possibilitar o circuito museográfico com os deficientes visuais, sem comprometer as peças do museu, foi realizada uma análise criteriosa de quais objetos poderiam ser manuseados sem riscos de quebrar.
Através do projeto, já visitaram o Museu várias instituições que trabalham com portadores de diversas deficiências, como é o caso das Casas de Saúde Miguel Couto e Ulisses Pernambucano (as quais trabalham com portadores de doenças mentais), da Escola Alagoana Família Down, do Posto de Saúde Pan Salgadinho (que atende a cadeirantes) e do Grupo Pestalozzi (que trabalham com portadores de deficiência mental).
O projeto ainda inclui oficinas de dança e pintura, com artistas que aceitaram trabalhar no projeto gratuitamente.