O novo cenário internacional, com aperto da liquidez e a compressão do crédito – aliados à queda nas cotações dos preços do açúcar e etanol nos mercados interno e externo, e ainda as incabíveis intransigências de alguns credores – levou a Laginha Agro Industrial S/A a ingressar com pedido de recuperação judicial para suas cinco usinas em operação, sendo 03 (três) em Alagoas e 02 (duas) em Minas Gerais.
Ainda tem que se destacar a retração das linhas de crédito, imprescindíveis para o setor sucroalcooleiro como investimentos nos tratos culturais da lavoura de cana-de-açúcar, manutenção dos equipamentos das usinas e vencimentos de contratos financeiros. A falta de dinheiro no mercado inviabilizou a manutenção das linhas de crédito.
A decisão foi tomada em conjunto com diretores e técnicos, como a melhor saída para preservar as atividades operacionais, o patrimônio e, principalmente, manter os empregos gerados nas regiões de enorme importância social. Além disso, a decisão também vai ao encontro em resguardar os interesses de todos os credores, a quem o Grupo pretende pagar, dentro de prazo e condições compatíveis com a situação.
A recuperação judicial é um instrumento legal, criado pela lei n° 11.101, de fevereiro de 2005, que permite a reestruturação de empresas economicamente viáveis que passem por dificuldades momentâneas, mantendo os empregos e os pagamentos aos credores. A nova legislação enterrou a figura das concordatas. Agora, as empresas em dificuldades financeiras poderão se utilizar dessa legislação para promover a recuperação do negócio sem a interrupção de suas atividades, o que não era permitido via concordatas.
As Usinas do Grupo João Lyra esmagam cerca de 7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e têm forte e sólida participação no setor sucroalcooleiro do Brasil, com mais de 50 anos de atuação no mercado, unindo história, tradição, modernidade, respeito ao meio ambiente e compromisso social para consolidar sua atuação, voltada para a geração de emprego e de renda e desenvolvimento para os Estados de Alagoas e Minas Gerais.
O Grupo está convicto de que, mais uma vez, enveredou por um caminho certo na solicitação da recuperação judicial, que vai permitir, com toda a tranqüilidade, que o sistema volte à normalidade, trazendo benefícios para operários, credores, enfim, todos aqueles que vivem em torno do Grupo.